Sensores, IIoT e super apps: o tripé tecnológico da indústria 4.0

0

Sensores inteligentes, comunicação IIoT e softwares com conceito de super apps viabilizam o aumento na produtividade, disponibilidade e a qualidade dos produtos e processos nas plantas industriais. Prontos para o trio tecnológico da indústria 4.0? A combinação dessas tecnologias, além de fechar a ponte entre a tecnologia de operação e a da informação, possibilitam a conversão de dados em informação para tomada de decisão rápida, precisa e assertiva. Essa tem sido a aposta nos últimos anos e, certamente, será tendência para 2022.

Na última década, a quarta revolução da indústria (ou indústria 4.0) vem sendo um dos temas mais pautados, discutidos e idealizados por todas as empresas que participam dos processos produtivos e prestam serviços à indústria. Fabricantes de soluções para automação e controle de processos de fabricação vêm tentando materializar o conceito provendo informação certa, no tempo certo, para a pessoa certa, como ferramenta para que as decisões sejam tomadas com maior embasamento, velocidade e segurança.

A demanda por produtos de maior qualidade e menores preços tem forçado a indústria a uma busca constante por processos mais enxutos, eficazes e eficientes. Melhoria de indicadores como OEE (Overall Equipment Effectiveness), que mede a produtividade de uma máquina e/ou processo, tem sido perseguida arduamente por plantas de todos os portes, em diversos segmentos de mercado.

Os sensores inteligentes têm a missão de monitorar os equipamentos e processos, como fonte captadora de todos os dados importantes que, após transmitidos e processados por softwares, serão convertidos em informação útil para os tomadores de decisão.

A tecnologia que trouxe a inteligência para os sensores em larga escala é o IO-Link, um protocolo de comunicação padronizado que permite aos dispositivos disponibilizar, além das informações já utilizadas para controle (as variáveis dos processos), dados como fabricante, data de instalação, horas de operação, saúde e vida útil do sensor, entre outros.

Estudos da ifm, empresa líder no segmento de sensores industriais, mostram que 5% dos dados dos sensores inteligentes são consumidos no ambiente OT (tecnologia de operação) e os 95% restantes, podem ser convertidos em informação para o ambiente IT (tecnologia de informação).

Dados da comunidade internacional da tecnologia IO-Link mostram a evolução mundial na quantidade de nós – dispositivos aptos para transmitir 100% de seus dados – instalados na indústria. O salto nos últimos 4 anos foi exponencial, saindo de 5,3 milhões, em 2016, para 21 milhões, em 2020.

A comunicação IIoT (Internet Industrial das Coisas) viabiliza o transporte dos dados gerados pelos sensores inteligentes aos softwares de processamento. Protocolos de comunicação como HTTP, JSON e MQTT, estão sendo amplamente utilizados pela indústria como ponte entre as tecnologias de operação e de informação, de fácil compreensão e interpretação. Eles dão agilidade ao processo de digitalização das plantas, sem deixar de lado, é claro, a segurança cibernética.

Os super apps completam a transformação dos dados já digitalizados em informação. E por que levam este nome? Trata-se do conceito de software ou plataforma de software modular cujo objetivo é resolver vários desafios. Na indústria, podemos exemplificar a transformação de dados em informações de indicadores de processo (dashboards), a utilização de algoritmos que cruzam dados e criam estatísticas para previsão de falhas (IA – inteligência artificial), geração e gestão de alarmes de condição (RTM – manutenção em tempo real), integração com rotinas automatizadas de planejamento de manutenção, compras, produção (SFI – integração com o chão de fábrica) e outros.

Cada um desses módulos busca prover informação aos tomadores de decisão, para auxiliá-los a resolver os mais diversos problemas e, ainda mais, auxiliá-los a entender melhor os pontos de melhoria. A plataforma Moneo, desenvolvida com o conceito de super app, utilizada por companhias do setor, vem ganhando força no mercado devido à sua praticidade, usabilidade e flexibilidade de implementação.

Mas será que esse trio funciona? Para provar que santo de casa também faz milagres, as 3 tecnologias já estão sendo utilizadas em algumas fábricas.

Como resultados recentes, no primeiro trimestre de 2021, uma das plantas da ifm aumentou a capacidade de produção em 16%. Num segundo caso de sucesso, numa planta na Romênia, houve zero erros no processo final de embalagem.

Estes são alguns exemplos comprovados de que a digitalização veio para ficar e que a quarta revolução da indústria torna os processos mais eficientes, eficazes, melhoram a qualidade e reduzem os desperdícios, proporcionando ganhos às empresas, aos colaboradores e ao meio ambiente.

Allan Santos, gerente de Treinamento e Suporte Técnico da ifm.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.