A nova identidade da BMC

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BMC apresenta melhorias na plataforma BMC Helix e reforça presença nos segmentos de automação, monitoramento e gestão do ambiente de TI. Aos clientes e parceiros, empresa oferta um ambiente de transição da plataforma mainframe para o ambiente de computação em nuvem. "Estamos tornando esta migração mais rápida e confiável, além de garantir que a gestão de custos e a automação do gerenciamento de transações sejam confiáveis", afirma Celso Rodrigues (foto), vice-presidente e gerente geral da BMC para a América Latina. Acompanhe a entrevista exclusiva concedida durante o BMC Exchange, 2022, evento que aconteceu em Miami (EUA) esta semana.

Qual é a visão da BMC sobre os mercados brasileiro e latino-americano?

Tradicionalmente, o Brasil é um mercado muito forte para a BMC por dois motivos: tem 50% dos mainframes da América Latina. De acordo com a IDC, o País reúne 70% dos MIPS da região; e ao mesmo tempo, estamos presentes em nove dos 10 maiores bancos do País. E todos os setores, como varejo, telecomunicações, manufatura, data centers, estão usando nossas soluções como uma espécie de plataforma de migração para outros ambientes. Estamos ajudando-os a migrar de forma mais confiável para a computação em nuvem.

Então podemos entender que computação em nuvem é a nova aposta da BMC?

É onde estamos crescendo agora. Estamos focados em automação, gerenciamento e segurança na nuvem, sem perder o compromisso com o ambiente distribuído e com o mainframe. Este é o espaço onde estamos crescendo cada vez mais rápido e resume o que chamamos de AIOps –  Artificial Intelligence for IT operations. Isto não é o ITSM (IT Service Management) tradicional, porque inclui monitoramento e outras ferramentas que estamos lançando. A maneira como eles estão automatizando e gerenciando a infraestrutura e seus serviços geram maior valor para os negócios.

Você disse que os data centers compram mainframe?

Não são data centers puro mainframe, mas compram as nossas soluções para mainframes novos. É interessante dizer que os clientes afirmam que estão saindo dos mainframes, mas ao mesmo tempo os vemos crescer em MIPS. Portanto, não acredito que o mainframe vá desaparecer completamente nos próximos 10 anos. Os CIOs hoje pensam muito no que ele têm em casa e aí entra a BMC, porque eles precisam de um desenvolvimento muito rápido de aplicativos. Toda semana estão lançando novas aplicações que precisam ser confiáveis, com processos fáceis, rodando em nuvem ou nos data centers. Então, para garantir confiabilidade, é preciso fazer um monitoramento de ponta a ponta, é aí a BMC entrega forte contribuição porque viemos do ambiente do mainframe, passamos pelo ambiente distribuído e agora estamos na nuvem. E para os clientes que buscam uma plataforma de automação e monitoramento, nós oferecemos a solução AIOPS que ajuda a gerenciar e mover dados e informações do data center e do mainframe para a nuvem. Este é o nosso ofício: ajudamos em toda esta automação e orquestração do ambiente de TI.

Qual é a principal fonte de receita da BMC, atualmente?

Não posso te dar detalhes. Já temos muita coisa em SaaS (Software como Serviço). Estamos migrando operações tradicionais para SaaS.

Você poderia explicar as parcerias da BMC com provedores de serviços de nuvem pública?

Google e Oracle são grandes parceiros de hyperscale. A BMC ajuda a eles e aos clientes a mover dados e soluções do mainframe para a nuvem. Estamos tornando esta migração mais rápida e confiável, além de garantir que a gestão de custos e a automação do gerenciamento de transações sejam confiáveis. Para a BMC estas parcerias também são interessantes porque, no futuro, eles serão grandes players.

O que os novos clientes do Brasil buscam nas soluções da BMC?

Simplificação. Eles estão procurando uma empresa que lhes proporcione menos dores de cabeça. Entregamos uma empresa digital completamente autônoma com a qual o  cliente não precisa se preocupar com falhas, se algo vai acontecer no servidor, nos serviços ou no sistema. Este é nosso lema: confira o que ocorreu e foi remediado. Um outro aspecto interessante é que o cliente não precisa ter pessoas com conhecimentos específicos.

Com as novas soluções e este posicionamento, a BMC está se movendo para o segmento da observabilidade, de automação, certo?

Este é um novo mercado. A minha opinião é que a BMC está à frente neste jogo. Temos o lado distribuído e agora algo novo e legal.

Ouvi alguns analistas comentando sobre a identidade da BMC. Eles têm dúvidas sobre quem é a BMC agora e o que a empresa vai fazer daqui para a frente. Estamos diante de uma empresa em busca de uma identidade?

Acho que é uma empresa que está sempre se reinventando. Estamos sempre trazendo novidades. Mas vejo a BMC em silos, o que as vezes gera confusão sobre a nossa mensagem. Mas o ponto principal é que há muita integração de soluções. Na minha opinião, precisamos aparecer mais com histórias e menos com solução. Um storytelling ajuda a entender o que fazemos. Estamos nesta direção.

Há previsão de investimento no Brasil?

Sim. Estamos aumentando a equipe, trazendo mais o que chamamos de gestão de atendimento ao cliente. Além disto, estamos expandindo nossas parcerias e ampliando a capacitação dos nossos clientes e parceiros, para torná-los mais independentes na criação e execução de soluções.

A jornalista viajou a Miami a convite da BMC Brasil.

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