Empresas líderes transformam seus negócios com estratégias ESG integradas e sustentáveis

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A transformação empresarial vai muito além da digitalização: envolve hoje uma profunda incorporação dos valores de ESG em cada aspecto dos negócios. Esse é o panorama revelado por executivos de grandes empresas durante um painel sobre a evolução das práticas ESG nas corporações durante a 4a edição do ESG Forum 2024.

Participaram Emanuel Queiroz, Vice-presidente de Sustentabilidade e Soluções de Desenvolvimento em Nuvem da Capgemini; Patrícia Feliciano, líder de sustentabilidade da Accenture no Brasil; Adriana Lima, Gerente Jurídico e Responsabilidade Social & Sustentabilidade da Roche Farma Brasil e Alexander Ortega, COO da Webmotors.

Emanuel Queiroz, vice-presidente de Sustentabilidade e Soluções de Desenvolvimento em Nuvem da Capgemini, destacou o papel social das empresas na capacitação de novos talentos. Com a crescente demanda por transformação digital, acelerada pela pandemia, a Capgemini enfrentou o desafio de contratar mais de mil profissionais em um ano. Em vez de entrar numa "batalha de talentos", a empresa investiu na capacitação gratuita de novos profissionais através do programa Capgemini Start, que já formou mais de 100 mil pessoas no Brasil. Segundo Emanuel, "o investimento no social também se reverte em rentabilidade para a empresa" — não apenas contribuindo para a sociedade, mas também reduziu a rotatividade de funcionários ao criar um ambiente inovador.

A Capgemini, na visão de Queiroz, integra sustentabilidade como pilar central, não apenas em compromissos corporativos, mas diretamente ligado à remuneração executiva e metas de liderança. "Nossa vice-presidência dedicada ao tema ESG é um exemplo do compromisso da Capgemini", afirma Queiroz, destacando o impacto de uma equipe diversificada nas decisões estratégicas e operacionais.

Patrícia Feliciano, líder de sustentabilidade da Accenture no Brasil, enfatizou que a integração de ESG com tecnologia é fundamental para a transformação. Ela citou estudos que mostram que apenas 8% das empresas têm uma estratégia de tecnologia integrada com ESG. Para ela, o momento atual exige que as organizações se tornem "sustentáveis ??por design", ou seja, que o ESG seja parte central do DNA corporativo. Patrícia destacou a importância de desenvolver uma cultura de sustentabilidade, onde cada decisão, grande ou pequena, leve em consideração o impacto ambiental e social, além de uma governança sólida que sustenta esse processo.

Na Accenture, Patrícia Feliciano destaca que o ESG é também um tema central, com comprometimento formal da liderança. "Na Accenture, a sustentabilidade é uma lente pela qual todas as nossas transformações passam, e nosso CEO lidera a agenda globalmente", enfatiza. Para ela, a tecnologia é essencial para alcançar as metas ambientais e sociais, integrando ESG em áreas como logística e cadeia de suprimentos para reduzir emissões.

Adriana Lima, Gerente Jurídica e de Responsabilidade Social & Sustentabilidade da Roche Farma Brasil, apresentou como a transformação digital pode aprimorar o setor de saúde pública. Na Roche, a inovação não se limita à pesquisa e desenvolvimento; permeia todos os processos, como a coleta e análise de dados de saúde, que podem ajudar a entender as necessidades dos pacientes de forma mais precisa. Ela citou o uso de ferramentas digitais para facilitar diagnósticos e tratamentos, ajudando a tornar o sistema público de saúde mais eficiente. Como exemplo, Adriana destacou as iniciativas inovadoras para a conscientização e capacitação médica no Outubro Rosa, que visam reduzir as barreiras de acesso ao tratamento de câncer de mama.

Adriana apresenta uma perspectiva do setor farmacêutico, onde as regulamentações são rigorosas, e o foco é o impacto na saúde. "Na Roche, a sustentabilidade é uma licença para operar, e desenvolvemos um modelo de negócios que cria valor para o paciente, para o ecossistema de saúde e para a empresa", explica Lima. Ela também salienta o papel essencial da digitalização, especialmente em um país com grande extensão territorial como o Brasil.

Para Alexander Ortega, COO da Webmotors, a governança é o ponto central para a implementação de uma estratégia ESG robusta. "ESG é cuidar dos dados dos nossos titulares, promover diversidade e inclusão, oferecer um bom serviço e praticar preços justos", afirmou. A Webmotors desenvolveu comitês específicos de ESG e proteção de dados para garantir que suas práticas estejam alinhadas com as melhores normas de governança e transparência, respeitando tanto os clientes quanto os colaboradores. Ortega destacou que a governança é o alicerce que permite que os outros pilares — sociais e ambientais — sejam aplicados de maneira eficaz e consistente.

"Na Webmotors, temos uma governança forte, com auditorias frequentes e estruturas robustas para garantir a privacidade e a segurança das informações de nossos clientes", destaca Ortega.

Para assistir do painel entre nesse link e receba o certificado de participação.

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