Os serviços bancários estão presentes no dia a dia de qualquer adulto. Não é incomum, por exemplo, ter conta em mais de uma instituição, mas nutrir um carinho especial por uma delas, geralmente a conta mais antiga. Mas, com a modernização do mercado financeiro, a relação entre cliente e banco deve ficar mais fluida, de modo que produtos e serviços sejam consumidos tão naturalmente que a ação se torne imperceptível. Esse é o invisible banking, tendência que desponta no universo financeiro priorizando soluções, não a marca.
Essa prática foi nomeada como invisible banking justamente porque está presente, ainda que o usuário não perceba. Está ali quando ele realiza uma compra em um clique, porque já tem o cartão cadastrado no site, ou quando faz um pagamento com a carteira virtual do smartphone, sem a necessidade de interagir com o banco ou procurar um cartão na carteira.
Afinal, os produtos financeiros são facilitadores. São os meios que possibilitam pequenas e grandes conquistas, como a compra de um carro ou de uma viagem. Isso faz com que instituições financeiras sejam agentes importantes nesse processo, mas não protagonistas. Ninguém acorda com vontade de financiar uma casa, mas sim com o sonho de adquirir este bem, que por sua vez é concretizado por meio do financiamento bancário.
O ecossistema financeiro tem se transformado na mesma velocidade que a tecnologia, pois ambos caminham lado a lado. Isso indica que em um futuro próximo, todas as inovações e integrações apresentadas pela Inteligência Artificial, transformarão por completo a nossa relação com o dinheiro — e com as instituições financeiras.
Mudanças estruturais como essa, que incluem todo o setor, acontecem quando há um consenso de que algo precisa ser transformado desde a raiz. Neste caso, o invisible banking é guiado pelo avanço tecnológico e pelo dinamismo exigido por uma sociedade cada vez mais conectada e que o tempo é artigo de luxo. Neste contexto, o importante é realizar o máximo de tarefas possíveis, de forma segura e prática.
Ricardo Sanfelice, Diretor executivo de Clientes, Produtos e Inovação do banco BV.
