Hewlett Packard Enterprise revela protótipo de computador de última geração

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A Hewlett Packard Enterprise vai exibir durante o seu evento Discovery, que começa nesta quinta-feira, 29, em Londres, o protótipo de seu novo computador, cujo codinome é The Machine, um sistema que se apoia fortemente na tecnologia de memória para aumentar a velocidade de cálculo. A empresa está apostando que seus negócios podem se beneficiar tanto dos componentes que desenvolveu para o projeto como do sistema completo.

Os engenheiros da HP Enterprise desenvolveram uma versão inicial do hardware em um laboratório em Fort Collins, no Colorado, projeto que, afirma a empresa, permitirá aos programadores começarem a trabalhar em novos softwares que serão necessários para explorar o sistema.

A HP Enterprise não definiu um cronograma para a disponibilidade da versão comercial do The Machine, mas estima-se que o computar comece a ser comercializado no mercado entre o fim de 2018 e meados de 2019. Isso porque, no projeto de pesquisa apresentado em 2014, a empresa informou que a nova máquina exigiria novos chips de memória que não devem estar amplamente disponíveis até pelo menos 2018. O plano de curto prazo da HP Enterprise é usar componentes desenvolvidos para o sistema em seus sistemas de servidores convencionais.

Antonio Neri, vice-presidente executivo de produtos de hardware HP Enterprise, disse que orientou sua equipe a "trazer essas tecnologias para o conjunto de produtos da empresa o mais rápido possível".

Uma parte do The Machine que já está em produção é o X1, um chip e componentes relacionados projetados para reduzir drasticamente o custo de enviar dados através de conexões de fibra ótica rápidas. Os engenheiros da HP Enterprise afirmam que o X1 poderia tornar tão rápido a transmissão de dados de uma máquina para outra como dentro de um único sistema. O chip também pode permitir que os projetistas empilhem os componentes verticalmente para economizar espaço, eliminando as placas de circuitos horizontais usadas na maioria dos servidores, disse a empresa.

Os participantes do projeto dizem que uma versão completa do The Machine, projeto que deveria começar com servidores e se espalhar para sistemas menores, poderá trazer mais de cem vezes mais rapidez para a realização de tarefas, tais como ajudar as companhias aéreas a reagir às interrupções do serviço, prevenir fraudes com cartões de crédito e avaliar o risco de carteiras financeiras.

Uma aplicação-alvo é a que analisa um grande número de transações de computação para detectar sinais de atividade anormal que indicam um ataque cibernético. Os sistemas atuais podem analisar 50 mil eventos por segundo e compará-los com cinco minutos de eventos anteriores, diz a HP Enterprise. Com The Machine, 10 milhões de eventos por segundo podem ser comparados com 14 dias de atividade anterior, detectando muitos outros problemas, disse a empresa.

A nova abordagem de computação da HP Enterprise se deve, na realidade, a uma constatação feita por empresas e pesquisadores do Vale do Silício, na Califórnia, de que novos tipos de servidores serão necessários para lidar com o aumento crescente do volume de dados de dispositivos conectados. Outra razão é o ritmo lento das melhorias nos chips de microprocessadores usados na maioria dos computadores. Os fabricantes de chips utilizaram por décadas a previsão da chamada Lei de Moore de que o número de transistores iria dobrar a cada dois anos. Os ganhos em miniaturização costumavam se traduzir em saltos exponenciais de velocidade e eficiência energética, mas não ultimamente.

"Estamos em uma fase em que as coisas que estávamos fazendo antes tem que mudar", disse Erik DeBenedictis, membro da equipe técnica da Sandia National Laboratories, que estuda tecnologias de computação não convencionais, ao The Wall Street Journal.

A The Machine foi projetada para tornar essas transferências de dados desnecessárias, disse Bresniker. Centenas a milhares de processadores simultaneamente podem tocar em dados armazenados em um vasto conjunto de memória contida em um servidor ou várias caixas em um data center.

O protótipo do sistema descrito em um briefing na sede da HP Enterprise inclui longos módulos tipo gaveta, que deslizam em um chassi convencional. Dois módulos contêm 8 terabytes de memória — cerca de 30 vezes a quantidade encontrada em muitos servidores convencionais — com as centenas de terabytes esperados para o futuro, já que mais chips e módulos estão interligados, disse Bresniker.

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