Estrutura tecnológica da criptomoeda bitcoin, o blockchain pode tem um lado social que pode ser explorado em diferentes esferas, detalhou João Guilherme Lyra, idealizador da Comunidade de Práticas Blockchain Brasil e embaixador no Brasil da cadeia de bloco DECENT.
O especialista participou da segunda edição do Forum Blockchain, promovido pela TI Inside nesta terça-feira, 28, quando apresentou o conceito de blockchain das coisas, uma forma de monetizar serviços prestados por grupos de usuários e usuários indivda iduais.
"O objetivo é alimentar um ecossistema em que todos ganham, não apenas as empresas concentradas no vale do silício", afirmou.
A Blockchain Brasil, disse o especialista, está desenvolvendo pesquisa para identificar apps que podem ser desenvolvidas e estimuladas para criar valor a comunidades de usuários. Um exemplo, é o Paratii, que monetiza views de vídeos.
Outro exemplo de alcance social do blockchain, segundo ele, é a expansão da bitcoin na África e Venezuela. Cidadãos de regiões em guerra têm adotado a moeda para enviar recursos a familiares. E na Venezuela, a moeda tem sido alternativa para burlar a alta inflação, disse.
Confiança
Gabriel Aleixo, co-fundador & business development da Star Labs, explicou que o blockchain é uma base de dados distribuída e aberta. "Qualquer informação registrada em blockchain se torna – Imutável, transparente, segura e acessível", frisou, ao dizer que trata-se da tecnologia da confiança e, portanto, com forte cunho social, porque é capaz de melhorar a vida das pessoas comuns.
Aleixo pontuou que o blockchain tem o potencial de mudar a forma como compramos, vendemos e interagimos com o poder público, além da capacidade de ser aplicado em qualquer sistema baseado em confiança, como o controle de semáforos em uma cidade. "Precisamos apenas delegar para o blockchain a camada de confiança destes sistemas", comentou.