Novo estudo da Liga Ventures mostra a evolução das startups do setor de construção civil no país. Ao todo, foram mapeadas 253 startups que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias com o objetivo de transformar e otimizar o mercado de construção e oferecer os melhores produtos e serviços para as empresas e consumidores.
O levantamento aponta que elas estão divididas em 24 categorias, como gestão e controle de obra (13%); cotação e compra de insumos (8%); realidade virtual e interatividade (6%); construção modular (6%); projeto (6%); redução e destinação de resíduos (5%); drones (5%); orçamento de obra (4%); conteúdo e educação (4%); reforma (4%); smart buildings (4%); inspeção e monitoramento (4%); desenvolvimento imobiliário (4%); gestão de colaboradores (4%); inteligência imobiliária (4%); novos produtos e insumos (3%); captação de recursos (3%); planejamento de obra (3%); pós-obra (3%); contratação de mão de obra (2%); gestão administrativa (2%); gestão de estoques (2%); segurança no trabalho (2%) e aluguel e aquisição de maquinários/equipamentos (2%).
Em relação ao ano de fundação das startups, cerca de 17,7% delas foram criadas entre 2020 e 2024. Já as principais categorias de construtechs ativas fundadas nesse período foram cotação e compra de insumos (17%); construção modular (12%); realidade virtual e interatividade (10%); gestão e controle de obra (7%) e planejamento de obra (7%).
"As construtechs têm sido protagonistas no processo de digitalização da construção civil. As tecnologias mais aplicadas revelam um compromisso da categoria com a gestão integrada de processos e uma visão cada vez mais completa da cadeia baseada em dados. Essa base está abrindo espaço para um uso cada vez maior de Inteligência Artificial: já são 25 startups utilizando a tecnologia, focadas em aspectos como planejamento e gestão de obras, design generativo, BIM, construções inteligentes e manutenção preditiva. Essas tecnologias ajudam a reduzir a margem de erro e melhorar o controle sobre custos e prazos, dois pontos críticos para o setor, ajudando a construção civil brasileira a se alinhar aos padrões globais de inovação e produtividade", analisa Mateus Oliveira, Consultor Associado na Liga Ventures.
O estudo mostra também que 25 das startups analisadas aplicam inteligência artificial em suas soluções com o intuito de fazer planejamento e gestão de obras, design generativo, building information modeling (BIM), análise de dados, construções inteligentes e manutenção preditiva.
O levantamento traz ainda as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (42%); seguido de Santa Catarina (13%); Minas Gerais (12%); Paraná (11%); Rio de Janeiro (6%); Rio Grande do Sul (5%); Distrito Federal (3%); Pernambuco (2%); Goiás (2%); Espírito Santo (1%) e Bahia (1%).
Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das construtechs mapeadas, onde 32% são emergentes, 38% estão estáveis, 22% são nascentes e 8% delas disruptoras. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Marketplace (18%); Dashboard (15%); Data Analytics (14%); API (13%) e Banco de Dados (11%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 70% das startups têm como foco o mercado B2B.
Para realizar o estudo foram utilizados dados da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.