A educação é um dos principais motivos apontados pelos consumidores brasileiros para a compra de um PC. No entanto, as funcionalidades mais utilizadas são e-mail, internet, mensagens instantâneas e músicas. Isso é o que aponta pesquisa encomendada à Research International pela Intel, a qual procurou identificar a evolução da penetração de equipamentos eletrônicos nos últimos anos e, conseqüentemente, o comportamento do consumidor em relação às novas tecnologias.
A pesquisa foi feita com o público das classes A, B e C, de 18 a 45 anos, do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre), México, Argentina e Colômbia. O levantamento foi realizado no segundo trimestre de 2006 e abrangeu cerca de 700 pessoas em cada país.
Segundo o estudo, uma das causas para o fato de ter a educação é um dos principais indutores da compra, mas usar mais e-mail, internet, mensagens instantâneas e músicas, é que provavelmente o brasileiro se interessa mais por informações gerais e por estar em contato com outras pessoas, diferentemente de mexicanos e colombianos, que utilizam mais o PC como ferramenta para a educação formal.
Entre os entrevistados brasileiros, 46% possui PCs, sendo que 6% são notebooks. O número é muito próximo ao do México (43%, com 11% de notebooks), da Colômbia (48%, com 4% de notebooks) e da Argentina (49%, com 3% de notebooks). Entre os eletrônicos que mais estão presentes nos lares dos brasileiros, aparecem nessa ordem: televisão, celular, PC, aparelho de DVD, câmera digital, viodeogame e filmadora digital. Nos demais países, esses mesmos itens também aparecem nas primeiras posições.
As iniciativas do governo brasileiro como a redução dos impostos dos PCs já refletiram na pesquisa. Em comparação aos números do segundo trimestre de 2005, a compra de PCs novos em vez de usados aumentou de 72% para 80%. Dentre os consumidores 80% pretendem comprar um desktop e 14% um notebook, número semelhante à Colômbia. Já no México, a intenção de compra de notebooks é de 24%.
No geral, os entrevistados do México e da Colômbia apresentaram respostas semelhantes, enquanto as respostas dos argentinos foram mais próximas dos brasileiros.
As principais conclusões sobre o Brasil são:
A penetração da maioria dos dispositivos eletrônicos ficou estável entre os períodos pesquisados, com exceção para os tocadores de MP3 portáteis (de 6% para 10%) e aparelhos de DVD (de 31% para 42%), que continuam a crescer.
Possuir um PC é um forte indicador de que a família possui outros dispositivos eletrônicos. O aumento na penetração de tocadores de MP3 portáteis está sendo liderado por donos de PCs (16%). O aumento na venda de aparelhos de DVD também foi liderado tanto por aqueles que possuem quanto pelos que não possuem PCs.
Quase nove entre dez PCs ainda são desktops e permanecem como a principal escolha para o uso doméstico. Quatro em dez famílias planejam comprar um novo PC até meados de 2007, sendo que 80% desses consumidores pretendem comprar desktop, 14% notebooks e 6% ainda não se decidiram
Nas famílias com mais de um PC, a compra de notebooks cresceu significativamente nos dois últimos anos, passou de 9% para 40%.
No geral, as famílias brasileiras têm comprado desktops e notebooks novos. Devido aos incentivos, a procura por equipamentos novos passou de 72% para 80%.
A conexão de desktops à internet permaneceu a mesma (80%), enquanto a conexão de notebooks cresceu levemente, passou de 5% para 10%. Porém, é significativo o aumento do uso de conexão de banda larga, que passa de 29% para 44% entre os entrevistados.
O número de DVD players portáteis e DVR/PRVs nos lares brasileiros cresceu significativamente nos últimos dois períodos, passou de 31% para 42%.
Usuários que não possuem computador acessam a internet sobretudo no trabalho, na casa de outras pessoas ou na escola. Houve um crescimento significativo do acesso em bares/cafés, passou de 10% para 26%.
Entre os entrevistados, as principais funcionalidades do computador doméstico são: e-mail, internet, comunicação e música. No entanto, é importante notar que o uso de notebook ainda está muito mais associado ao trabalho do que ao lazer.