O sucesso do iPhone 6 e 6 Plus no quarto trimestre fez com que a Apple, pela primeira vez, alcançasse a liderança no mercado mundial de smartphones, ainda que empatada com a Samsung. De acordo com estimativa feita pela Strategy Analytics, as duas companhias abasteceram o varejo mundial com 74,5 milhões de unidades de smartphones entre outubro e dezembro do ano passado, o que conferiu a cada uma 19,6% de market share.
Trata-se de uma estimativa porque a Samsung não divulgou o número exato de smartphones distribuídos no período – por conta disso, outras consultorias acreditam que a Apple teria até mesmo ultrapassado a Samsung no quarto trimestre. O terceiro lugar ficou com Lenovo-Motorola, que vendeu 24,7 milhões de smartphones (6,7% de participação) e o quarto, com a Huawei (24,1 milhões, ou 6,3%). Todos os outros fabricantes juntos responderam 182,3 milhões de unidades no período, ou 48% de share.
O cenário não é positivo para a Samsung. No quarto trimestre de 2013, a sul-coreana tinha 29,6% de participação desse mercado e figurava como líder absoluta. Em um intervalo de um ano perdeu 10 pontos percentuais. A Apple, por sua vez, nem cresceu tanto assim: ganhou apenas dois pontos percentuais. A Samsung está perdendo espaço para a Apple no high end e para outros fabricantes Android nos segmentos de gama média e baixa.
No caso específico da Apple, cabe lembrar que o quarto trimestre é sempre marcado pelo lançamento de seu novo iPhone, sendo o seu melhor período do ano.
2014
Considerando todo o ano de 2014, o varejo mundial foi abastecido por 1,284 bilhão de smartphones, o que representa um crescimento de 30% em comparação com o ano anterior, quando foram computadas 990 milhões de unidades desse produto.
No período, a liderança ficou com a Samsung: 317,2 milhões de smartphones distribuídos, ou 24,7% de share. Em 2013 ela detivera 32,3% de participação. A Apple manteve o segundo lugar, com 192,7 milhões e uma leve queda de share, de 15,5% para 15%. Lenovo-Motorola subiu de 6,3% para 7,2%. E Huawei, de 5,1% para 5,8%. O restante dos fabricantes somados deu um salto de 40,8% para 47,3% de participação.