O Ministério das Comunicações iniciou conversas com o Banco Central para "unificar a visão do governo" sobre a questão do mobile payment no Brasil, segundo o ministro Paulo Bernardo, que está esta semana em Barcelona para acompanhar o Mobile World Congress. Segundo o ministro, ele foi procurado pelas operadoras, interessadas em resolver a questão do m-payment, sobretudo por meio da tecnologia de NFC (Near Field Communication), que permite o uso do celular como uma carteira eletrônica. O ministério se colocou de maneira neutra tecnologicamente, e revelou às empresas já estar preocupado com o assunto. "Achamos que o celular pode representar uma oportunidade para a bancarização no Brasil", disse Paulo Bernardo em entrevista a jornalistas durante o evento. "As operadoras têm interesse de vender créditos ao consumidor para que ele use o celular como meio de pagamento. Achamos que é possível ir além, ter um modelo para a baixa renda se bancarizar", disse Paulo Bernardo, citando conversas realizadas com representantes do governo do Quênia durante o MWC. O Quênia é o país do mundo com o mercado mais massificado de m-payment, justamente pelo baixo nível de bancarização da população e penetração elevada da telefonia móvel.
No Brasil, o mercado de m-payment ainda passa por uma série de questões regulatórias junto ao Banco Central, que regula o mercado bancário. "Fui procurado pelo Banco Central e teremos uma reunião sobre isso como o (Alexandre) Tombini (presidente do Banco Central), provavelmente dia 13".