Poderá haver 25 milhões de usuários de IPTV no mundo em 2010 para uma receita de US$ 10 bilhões. Mas, por enquanto, o negócio ainda é incipiente, com dois serviços ativados comercialmente.
O cenário otimista leva em consideração os projetos em desenvolvimento nas empresas, sendo 30 só com clientes da Accenture, garante o diretor Ricardo Distler. A base de usuários atualmente ainda é muito pequena, admite o executivo, que participou do Seminário IPTV ? As novas oportunidades na distribuição de conteúdo -, em São Paulo, realizado pelas revistas TELETIME e TELA VIVA.
Entre os projetos em andamento, o executivo destaca os da Telefónica de España; da Telmex, no México; Verizon e SBC/AT&T, nos Estados Unidos; e no Brasil, o lançamento do serviço de telefonia Net via Embratel, com triple play, e Samsung/TVA para WiMAX móvel.
Distler observou que para o serviço de IPTV ser implantado com velocidade as empresas têm que vencer alguns obstáculos: que o negócio de forma isolada dê retorno ao investidor; haja viabilidade da plataforma tecnológica, com recursos financeiros e novos elementos em cima da rede; que o operador de telecomunicação tenha habilidade para fornecer um conteúdo totalmente diferente do que está acostumado; e o custo da operação.
O serviço tem que ser entregue a custo baixo, o que é um desafio para os operadores, e precisa de legislação.
Apesar das dificuldades, as teles estão decididas a entrar no jogo da IPTV porque, segundo estudo da Accenture, elas perderão receita ? 30% a menos de pulsos locais em três anos, num cenário otimista, e 60% no mais pessimista.
E ainda: o mercado financeiro está precificando positivamente os investimentos das operadoras em IPTV, diz o estudo.