País precisa de políticas para avançar na inovação tecnológica, diz diretor do Serpro

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O diretor do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Sérgio Rosa, disse nesta quinta-feira (29/3) que, para avançar no conhecimento, o país precisa de políticas públicas que efetivem o papel do governo na inovação tecnológica. A declaração foi feita na 6ª Mostra de Soluções em Tecnologia da Informação e Comunicação Aplicadas ao Setor Público, que termina hoje, em Brasília.

Para Sérgio Rosa, se o Brasil não estiver preparado para usar os recursos de informática e de comunicação para tratar o conhecimento como um instrumento na tomada de decisões, será um país atrasado. ?Quando o país se desenvolve e cresce, isso serve para toda a população. É uma questão de políticas que socializem esse conhecimento?. Segundo ele, sistemas pela internet que sejam acessíveis, como um para deficientes visuais, estão sendo desenvolvidos pela empresa e são um desafio.

O superintendente do Serpro, Carlos Roberto Magalhães, enfatizou o Projeto Presença do Ministério da Educação, do qual ele é coordenador. Ele explicou que o objetivo do programa é evitar a evasão escolar. ?Esse acompanhamento é feito por meio de uma leitora de cartão, com dados atualizados do aluno, e poderá ser usado nos programas sociais integrados, como o Bolsa Família.?

Magalhães disse que o projeto piloto do projeto foi implantado em setembro do ano passado, em seis municípios das cinco regiões do país. De acordo com o superintendente, vários benefícios estão sendo observados, como a motivação dos alunos para freqüentar as aulas e participar da inclusão digital e a tranqüilidade dos pais, ao saber que os filhos estão na escola. ?O projeto também inibe o acesso de pessoas estranhas às dependências da escola e pode ser usado para o controle de gastos.?

Segundo dados do Serpro, são 185 mil escolas públicas no país e 175 mil já estão cadastradas no projeto. Ao todo são 55 milhões de alunos, dos quais 48 milhões já estão cadastrados, e 3 milhões de professores, sendo que 2 milhões também estão cadastrados no sistema. Magalhães, porém, não fez nenhuma previsão de data para implantação em todas as escolas, mas afirmou que a idéia é abranger todas as unidades públicas.

Flávio Inácio, aluno do projeto Escola de Fábrica do Serpro, disse que é muito bom ver projetos de tecnologia da informação, novos equipamentos e programas que serão utilizados nos próximos anos, como o computador para deficiente visual. ?É bom ver que o Brasil está crescendo em tecnologia e que nós estamos evoluindo.?

Com informações da Agência Brasil.

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