Ao contrário das expectativas iniciais do governo, o Plano Nacional de Banda Larga acabou ficando de fora do conjunto de programas previstos no PAC2 (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado nesta segunda, 29. Em fevereiro, o Planalto chegou inclusive a colocar a questão da inclusão digital como uma das prioridades do PAC em uma enquete realizada no site da presidência. A pergunta era a seguinte: "O PAC 2 será lançado em março com ações voltadas para mobilidade urbana, inclusão digital e saneamento. Qual deveria ser a prioridade em sua cidade?". O item inclusão digital foi o mais votado da enquete, com 57%. No entanto, a única referência ao tema na documentação sobre o PAC2 é no detalhamento do que serão as Praças do PAC, projeto parte do subgrupo Comunidade Cidadã, que prevê a recuperação de espaços urbanos destinados a cultura, lazer e esportes.
A inclusão do PNBL no PAC2 chegou a ser confirmada pelos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), mas a definição de suas linhas gerais vem sendo adiada desde fevereiro pelo presidente Lula, o que pode ter contribuído para que ele não entrasse nesse primeiro conjunto de metas do plano de crescimento. Segundo apurou este noticiário, a questão da agenda, colocada oficialmente como determinante para a não-conclusão do PNBL, não é única causa do atraso. O grupo responsável pelo plano de banda larga está aguardando a finalização de projeções e metas que estão sendo preparadas por uma consultoria externa e que deve dar a roupagem final do PNBL.
- Plano Nacional de Banda Larga