A participação da mídia tradicional, sobretudo a impressa, nos gastos com publicidade diminui gradativamente em todo o mundo, enquanto a internet experimenta acelerada expansão.
Com base nesse cenário, a agência ZenithOptimedia calcula que ainda este ano os gastos destinados à publicidade online vão superar os recursos destinados a anúncios em jornais impressos.
E não para por aí. Por volta de 2015, a fatia da rede mundial (incluindo sites móveis e aplicativos móveis) no bolo publicitário global será maior do que a de jornais e revistas, combinados.
Pelas projeções da ZenithOptimedia, em 2013 o crescimento dos gastos globais com publicidade será de 3,9%, chegando a US$ 518 bilhões. A taxa de crescimento, abaixo da previsão anterior, de 4,1%, deve-se, segundo os pesquisadores, a um 2012 "mais forte do que o esperado". Para 2014 e 2015, a agência prevê expansão global de 5% e 5,6%, respectivamente.
As projeções indicam que a publicidade na internet crescerá 14,4% em 2013 – impulsionada por inovações tecnológicas, melhor medição de exposição à publicidade, avanços em localização e integração com dispositivos móveis –, enquanto a mídia tradicional deverá crescer apenas 1,6%.
A participação (share) da Internet no mercado global de publicidade deverá passar de 18% em 2012 para 23,4% em 2015, enquanto os jornais e revistas vão continuar a diminuir a uma média de 1 % a 2% ao ano, até serem superados, em conjunto, pelo ambiente online.
Em 2015, as participações da TV e do cinema permanecerão estáveis (cerca de 40% e 0,6%, respectivamente), segundo a agência.
Os pesquisadores destacam que desde o início da crise econômica, em 2007, o crescimento dos gastos globais com publicidade têm sido liderado por mercados emergentes (que a ZenithOptimedia define como todos os mercados, menos os maduros), que deverão crescer 8,2% em média em 2013.
Já os mercados maduros (América do Norte, Europa Ocidental e Japão) crescerão apenas 1,8%, tolhidos pela crise da zona do euro.
Entre outros achados, os pesquisadores destacam que até 2015 o Brasil terá ultrapassado o Reino Unido e se tornado o quinto maior mercado publicitário do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, Japão, China e Alemanha, nesta ordem.