Um quarto dos empreendedores virtuais está insatisfeito com sua plataforma de e-commerce, apontou estudo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). "Identificamos que há um gap entre as funcionalidades oferecidas pelas soluções e o que as lojas virtuais de fato precisam. Assim, 25% estão infelizes com a tecnologia utilizada e 10% se sentem indiferentes quanto aos benefícios", explica Mauricio Salvador, presidente da ABComm.
Realizada com mais de 1000 e-commerces no país, a "Pesquisa Plataformas de E-Commerce 2014" buscou oferecer um panorama sobre o mercado e a utilização das soluções de lojas virtuais.
OpenSource e plataformas próprias lideram
O estudo analisou a participação das tecnologias em duas vertentes: utilização e faturamento.
Mais de 20% das lojas utilizam Magento. Com código aberto, a solução é uma das maiores no mundo. Outras de OpenSource como Word Press e PrestaShop também se destacaram com 4,7% e 3,2%. Das plataformas de empresas desenvolvedoras as marcantes são FastCommerce com 5,9%, VTEX com 5,6% e Cia Shop com 4,4%. As estrangeiras Rakuten e Hybris vêm em seguida, com 3,6% e 0,6% respectivamente.
Já na relação de faturamento, 45,6% de toda a movimentação do e-commerce vêm de lojas virtuais com Plataforma Própria. Magento aparece na sequência com 27,8%, seguido por VTEX com 9,8%.
Customização é o maior entrave – A pesquisa levou ainda a satisfação com os níveis de serviços das plataformas. Cerca de um terço dos lojistas virtuais indicaram que as plataformas são "engessadas" e não conseguem personalizá-las da forma necessária.
O lado positivo – 78% indicaram que estão satisfeitos com a estabilidade das soluções, enquanto 70% estão contentes com a velocidade do carregamento do sistema.
Pagamento é o foco – O estudo também traçou as funcionalidades consideradas mais importantes pelos empreendedores na hora de contratar a plataforma de e-commerce. As mais acessadas foram facilidade no checkout e integração com os meios de pagamentos, com 88% e 84%, respectivamente.