A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, deve desenvolver até o fim do ano um projeto piloto para a criação da Infra-Estrutura de Chaves Públicas (ICP-EDU) na área acadêmica. A informação foi dada na semana passada pela gerente de projetos de P&D da Diretoria de Inovação da RNP, Iara Machado, durante o ciclo de palestras Datasus 2007, realizado pelo Departamento de Informática do órgão, em Brasília.
A tecnologia chamada de chaves públicas tem como objetivo melhorar a segurança digital, preservando a confidencialidade, autenticidade, integridade, entre outras garantias, de documentos eletrônicos, transações, acesso a recursos, etc.
No mundo acadêmico a utilização de ICP vem crescendo. A intranet da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se baseia no Lotus Notes, que já vem com muitos recursos de segurança embutidos, inclusive uma ICP proprietária. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) já tem uma Autoridade Certificadora Raiz e várias ACs intermediárias emitindo certificados para quem tem endereço de correio eletrônico no domínio @ufsc.br e diversos outros serviços.
A gerente de projetos da RNP explicou o objetivo de se criar uma infra-estrutura de chaves públicas para a área acadêmica. ?Existem procedimentos internos da gestão das universidades que podem se beneficiar desses certificados sem valor jurídico?, explicou. A infra-estrutura, segundo Iara, também tem a vantagem de deixar servidores web e redes privadas virtuais (VPNs) mais seguros. E o uso da ICP-EDU também servirá para disseminar a tecnologia de certificação entre alunos e professores.
Iara informou ainda que, como resultado do Grupo de Trabalho ICP-EDU, foi desenvolvido um hardware criptográfico pra armazenar chaves privadas. Segunda ela, a expectativa é de que, até o fim do ano, o serviço piloto esteja em funcionamento na UFSC, UFMG e Universidade Fluminense (UFF), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCT) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).