Desde a abertura de capital no último dia 18, o Facebook tem encontrado dificuldades para fazer com que seus papéis obtenham valorização na bolsa eletrônica Nasdaq. Nos últimos dias, a luta da rede social é para que suas ações não fiquem muito abaixo do valor da oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês). Nesta terça-feira, 29, por exemplo, as ações da empresa chegaram ao mais baixo patamar, a menos de US$ 30.
Por volta das 15h20 (horário de Brasília), os papéis da empresa de Mark Zuckerberg estavam cotados a US$ 28,80. O valor representa uma queda de 9,75% em relação ao fechamento do dia anterior e 32% inferior na comparação com os US$ 42,99, registrados no início do pregão no dia do IPO.
A desvalorização das ações é atribuída pelos analistas a falta de diversificação de fontes de receita da rede social. Muito dependente de publicidade online, a companhia também enfrenta desconfiança sobre a eficácia dos anúncios veiculados em sua plataforma. Para completar, a Nasdaq opera com seus piores índices devido à crise da zona do euro e à situação econômica não muito favorável nos Estados Unidos.
Além disso, dias antes de abrir capital na bolsa, o Facebook elevou o preço do IPO. Analistas afirmam que foi uma medida precipitada, pois não havia demanda – de posse dessa e de outras informações privilegiadas, bancos informaram corretoras e grandes investidores, que acabaram retirando o interesse de compra. Com a menor demanda, o preço caiu ainda mais. O episódio está sendo investigado e é motivo de processos judiciais de acionistas prejudicados com a operação.