Porém, para que uma empresa de outsourcing coloque em andamento essa operação científica, se faz necessário que ela realize alguns questionamentos internos, como a que leva as organizações a aceitarem o outsourcing como uma ferramenta para mudança; e qual forma de outsourcing permitirá a integração de capacidades – sem afetar a cultura organizacional – e ainda proporcionar um maior ganho de melhores controles, qualidade da informação e na agilidade na divulgação de dados.
No único evento global do setor, o International Association of Outsourcing (IAOP), realizado recentemente na Califórnia (EUA), também foram abordadas algumas leis para implementação das práticas de outsourcing. A "Lei Atômica", de acordo com especialistas da área, refere-se ao mundo interligado e é a força de conexão que importa e não a distância do centro. Essa regra está relacionada à capacidade de interação e entendimento entre os envolvidos na introdução do conceito.
Já a "Lei da Continuidade" diz respeito à mudança, que é medida em relação a um período de tempo, e não instantaneamente. Vale dizer sobre isso que não existe milagre e qualquer iniciativa nesse campo exige um período para se obter resultado.
Na "Teoria do Caos", se atribui que a descontinuidade criada por meio do outsourcing é considerada tanto uma ameaça quanto uma oportunidade – ameaça pela interrupção do projeto e oportunidade pela reconstrução do mesmo, em novas bases.
Por fim, avalia-se que as regras da boa prática do outsourcing se atrelam na parceria entre contratado e contratante. Essa não se galga na ciência nem tampouco em teorias, mas sim no bom senso entre os envolvidos. O comprometimento de ambos no desenvolvimento dos negócios é o caminho para se chegar a um bom resultado no uso da prática. O momento atual parece adequado para isso.
* Vagner Jaime Rodrigues é especialista em controladoria, gestão empresarial e gestão de outsourcing; sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios.
- Vagner Jaime Rodrigues, da Trevisan