O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal lançaram o edital do Complexo Datacenter que poderá ser a primeira parceria público-privada (PPP) do governo federal. O Comitê Gestor das Parcerias Público-Privadas, coordenado pelo Ministério do Planejamento, publicou nesta segunda-feira, 29, no Diário Oficial da União, resolução aprovando a minuta do edital e do contrato.
A PPP proposta para o Complexo Datacenter tem por objeto a prestação de serviços de gerenciamento, manutenção e operação da infra-estrutura predial do complexo que deverá ser compartilhado pelas duas instituições dando maior segurança aos arquivos dos clientes e das duas instituições bancárias.
O Complexo será construído na chamada Cidade Digital, em Brasília, e deverá estar concluído em 2011. O contrato prevê a execução da obra civil (um edifício que abrigará equipamentos de processamento e armazenamento de dados) e a instalação de bens pelo consórcio que vencer a licitação, bem como as atividades de operação e manutenção ao longo do contrato.
O Datacenter terá um total de 24 mil metros quadrados de área construída dos quais 5,2 mil metros quadrados serão de piso elevado destinado à área de tecnologia da informação. Estima-se, ainda, a criação de cerca 500 novos empregos durante a execução das obras civis.
De acordo com o projeto, serão firmados com a concessionária vencedora do certame dois contratos, sendo o primeiro o de arrendamento do terreno e o segundo que tratará da prestação dos serviços.
O prazo de vigência do contrato é de 15 anos e o valor máximo será de pouco mais de R$ 1 bilhão, sendo que o investimento inicial previsto supera R$ 260 milhões. Com o encerramento do contrato todas as benfeitorias edificadas no terreno passarão ao controle do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
De acordo com o projeto encaminhado pelo BB e Caixa, a parceria vai permitir, entre outras coisas, a simplificação da gestão; a agregação de expertise, agilidade e eficiência do parceiro privado; e a simplificação, durante toda a vigência do contrato, dos processos para adequações que vierem a ser necessárias na infra-estrutura predial. Outras vantagens destacadas no projeto são a redução do risco de continuidade; o compartilhamento dos riscos com o setor privado; a garantia da continuidade dos negócios, mesmo em caso de desastres; a redução dos riscos operacionais; adesão aos normativos internacionais (Basiléia 2) e, também, o não investimento de vultosos recursos.
- Parceria público-privada