O Rio de Janeiro pode ser a primeira cidade digital inteligente do Brasil. A previsão é do novo secretário de Ciência e Tecnologia do município, Franklin Dias Coelho, que tomou posse nesta terça-feira, 29, tendo como uma das metas preparar estrategicamente a capital fluminense para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Um dos principais desafios do novo secretário para atingir tal meta é a inclusão digital da população. Segundo Dias Coelho, o déficit digital da cidade do Rio de Janeiro é de praticamente 90%. A perspectiva é que nos próximos três meses comece a ser instalada uma rede de banda larga que vai atender toda a capital.
"O projeto Rio Digital é a possibilidade de construção de uma estrutura de banda larga de transmissão de voz, dados e imagem com padrão de qualidade europeu [banda larga com mais de 2 Mbps de velocidade] que atenda a população não só das zonas mais protegidas da cidade, mas também das áreas mais carentes", disse Dias Coelho.
Para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), além de solucionar a grande defasagem digital que a capital enfrenta, a aposta é que as medidas estimulem investimentos estrangeiros na cidade. O grupo empresarial GE, por exemplo, já anunciou que vai construir mais um centro de pesquisa mundial no Brasil, mas ainda não definiu o local.
"É uma disputa que estamos travando há seis meses. A gente tem muita convicção de que a chance do Rio é grande", disse Paes. A empresa deve decidir nos próximos 30 dias se essa unidade será instalada em São Paulo ou no Rio de Janeiro. O novo centro de pesquisa da multinacional será o quarto construído no mundo.
De acordo com Dias Coelho, uma das iniciativas para impulsionar esse projeto de transformar o Rio de Janeiro na cidade mais digital do país é a criação do Fundo Municipal de Amparo às Pesquisas. Essa proposta deve ser encaminhada para a Câmara de Vereadores ainda nesta semana. O objetivo é incentivar estudos de inovações tecnológicas que garantam qualidade de vida à população fluminense.
"A perspectiva é estimular linhas de pesquisa que integrem transformações urbanísticas da cidade com a inovação de projetos de ciência e tecnologia. Exemplos são as cidades inteligentes da Europa, onde você trabalha com sensores que podem controlar multidões e deslocamentos através de celulares e de softwares por satélites", afirmou o secretário. As informações são da Agência Brasil.
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