A Sony decidiu apostar todas suas fichas em jogos de realidade virtual e robôs para tentar impulsionar seus negócios, que atravessam um período bastante difícil com a forte desaceleração nas vendas de sensores de imagem usados em iPhones da Apple.
A recuperação da divisão eletrônicos e entretenimento da fabricante japonesa acelerou no último mês e alcançou recorde de US$ 5 milhões de receita. "As perdas registradas anteriormente pela Sony provinham da divisão de televisores e de outras empresas de eletrônicos de consumo", disse o CEO Kazuo Hirai, ao anunciar o investimento em tecnologia de inteligência artificial e no desenvolvimento de um robô que pode conectar-se "emocionalmente" com humanos.
Apesar da desaceleração das exportações com a valorização do iene, que se seguiu após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, a Sony manteve a meta de alcançar lucro operacional superior a 500 bilhões de ienes (o correspondente a US$ 4,9 bilhões) no ano fiscal 2017-18. Se isso for alcançado, será maior resultado em duas décadas.
"É uma meta desafiadora, mas acreditamos que é um marco importante para a Sony para se transformar em uma empresa altamente rentável", disse Hirai em entrevista coletiva. E as peças-chaves para alcançar esse objetivo ambicioso, segundo ele, são os jogos de realidade virtual para PlayStation e as vendas antecipadas de seu fone de ouvido VR, que estará à venda em outubro.
"Além de games, realidade virtual é uma área na qual podemos utilizar plenamente as tecnologias da Sony, tais como câmeras, produção de conteúdo e nossos produtos de entretenimento", disse Hirai ao Financial Times. "Este é um negócio que queremos construir não apenas para PlayStation, mas para o grupo Sony como um todo."