A Lenovo tem ambição se tornar líder no mercado brasileiro de PCs em dois anos. Este é o posicionamento de Flavio Asi Haddad, gerente geral da empresa criada oficialmente em maio passado, oriunda da divisão de PCs da IBM, que prepara uma ofensiva de marketing para a globalização da marca nas Olimpíadas de Inverno da Turquia em 2006 e de Pequim em 2008.
Explicou que hoje ela a terceira fabricante mundial de PCs do mundo e a primeira no bilionário mercado chinês, onde detinha 27% de market share. E após a aquisição da IBM subiu para 34%. ?Mas não pretende ser vista apenas como uma empresa com capacidade de produção, mas sim como fabricante de PCs de qualidade, com design, inovação e preço competitivo?, complementou.
No relatório trimestral encerrado em junho, divulgou um aumento de lucro de 6%, atingindo o valor de US$ 45,94 milhões, superando as expectativas dos analistas. Com apenas dois meses de faturamento da antiga divisão da PCs da IBM, o faturamento no trimestre triplicou em comparação ao ano anterior.
Preço
?Quando uma empresa percebe que um PC não custa muito acima das marcas informais, que reduz o custo de manutenção, de alocação de espaço físico pela redução do tamanho dos modelos, das ferramentas embutidas, vai verificar que o custo do TCO (custo de aquisição) é competitivo? explicou. A Lenovo tem seu modelo desktop entry level A-51 com processador Intel Celeron 256 Mb de memória, disco ATA de 80 GB, CD-ROM 48 x e monitor de 15 polegadas com preços a partir de R$ 2,1 mil.
Até final do ano, Lenovo pretende lançar novos modelos de desktop ainda mais compactos que os modelos atuais, visando mercados onde essas características têm mais apêlo, como call centers, bancos, etc.
?A empresa ganhou também em competitividade, pois agora com 150 funcionários tem a agilidade para a tomada de decisões nesse mercado competitivo de PCs, e ao mesmo tempo conta com toda a estrutura de serviços da IBM?, concluiu Haddad.