A Claro iniciou em São Paulo testes com uma frota de táxis, o Bradesco, a Visanet e a integradora M4U para pagamento da corrida por meio do celular. Segundo Marco Quatorze, diretor de serviços de valor agregado da Claro, o teste visa definir um modelo de negócio que remunere todos os players da cadeia (operadora, integradora, banco, operadora de cartão) sem onerar o custo do serviço para o usuário.
?Não é fácil chegar a um equilíbrio de todos os elos dessa cadeia para que a conta feche. Já participamos de um projeto em que um banco propôs que o SMS fosse gratuito para o cliente, o que nos tira do negócio. Sem a remuneração de todos não tem como viabilizar o serviço?, explicou Marco Quatorze que participou nesta quarta-feira, 29, do seminário Mobilidade Corporativa, promovido pelas revistas TELETIME e TI INSIDE, em São Paulo.
Para o executivo, o modelo de negócio já se mostrou viável em vending machines e outras iniciativas de menor porte. Mas requer uma ?engenharia? diferente quando o negócio é em grande escala, completa.
Smartphones corporativos
Quatorze prevê uma explosão do uso de smartphones entre usuários corporativos. Segundo o executivo, em 2010 o serviço de e-mail móvel deve chegar a 350 milhões de usuários, sendo que 20% dessas aplicações estarão em smartphones. ?No Brasil esse número deve ultrapassar 20% porque o smartphone tem custo mais acessível que outros devices móveis como notebooks e PDAs?, diz Quatorze.
Anualmente a venda de smartphones cresce 54% a cada ano no mundo e em 2011 deve atingir 82 milhões de usuários. Aplicações de localização, videochamada e e-mail móvel devem crescer com as redes 3G, diz Quatorze.