Texas volta a descartar abertura de fábrica no país, mas acena com aporte de recursos

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Um mês após a contratação de Evandro Carobrezzi para o cargo de diretor geral para a América do Sul da Texas Instruments, em substituição a Antonio Motta, a fabricante de chips para dispositivos móveis e eletroeletrônicos voltou a descartar nesta quarta-feira, 29, a possibilidade de investir na instalação de uma fábrica de semicondutores no Brasil, embora o governo federal continue acenando com a concessão de incentivos fiscais para estimular a produção de chips no país. Há exatamente um ano a empresa já havia desconsiderado a montagem de uma linha de produção local.

Segundo Carobrezzi, para estabelecer uma foundry no país [fábrica de "bolachas" (wafer) de silício que constituem os chips], o investimento seria de aproximadamente US$ 14 bilhões. “Não vemos demanda local o suficiente para realizar um investimento desse tamanho, além de faltar mão de obra especializada no país”, declarou. Segundo o executivo, o mais viável, e mais próximo da realidade no país, seria a instalação de uma fábrica back end – onde os chips são encapsulados, montados e testados –, embora isso também não esteja nos planos da empresa.

A estratégia da empresa se baseia em aproximar-se de clientes locais e apresentar seus projetos para atrair desenvolvedores no país. “Estamos focados nos mercados de smart grid (rede inteligente de energia elétrica), automotivo e de automação comercial e industrial”, disse Carobrezzi. “Queremos entender o mercado brasileiro e trazer novos recursos para o país. Também contamos com projetos do governo para impulsionar a indústria.”

O executivo destacou ainda que a Texas no Brasil representa cerca de 3% do faturamento mundial da companhia, sendo que o mercado brasileiro de semicondutores representa aproximadamente 5% do mercado mundial. “Não temos uma meta específica de crescimento no país, mas a expectativa é avançar mais que o mercado mundial de semicondutores”, revelou Carobrezzi. Segundo dados do World Semiconductor Trade Statistics (WSTS), divulgados em junho, a previsão para de receita mundial de semicionsdutores neste ano é de US$ 301 bilhões.

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