Engana-se quem pensa que a gestão financeira se trata apenas do setor de finanças de uma empresa. Embora o conceito esteja relacionado à área, sua aplicação vai muito mais além, envolvendo os outros setores da organização como as atividades de compras, vendas, contas a pagar e receber, entre outros aspectos. E, tendo em vista o seu amplo campo de atuação, torna-se fundamental investir em medidas assertivas para garantir melhores resultados como, por exemplo, a inovação.
Constantemente, vemos diversos avanços vividos pelo setor financeiro como um reflexo da transformação digital. Porém, mesmo diante desse cenário promissor, essa ainda não é uma realidade vivenciada pelas organizações. Isso é, muitas empresas possuem uma visão fechada e executam métodos arcaicos para fazer a gestão financeira, como o uso estrito de planilhas e outros tipos de arquivos que, comprovadamente atestados, são abordagens de baixa eficácia.
E qual o impacto disso na gestão financeira? Em tudo. A utilização desses métodos acarreta para o impedimento de uma visualização ampla dos negócios, gerando dificuldades para mensurar riscos, identificar oportunidades de investimentos e, principalmente, ter um controle efetivo do fluxo de caixa, ocasionando em dívidas entre outros problemas. Como prova disso, segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, em março deste ano, 6,5 milhões de companhias estavam inadimplentes no país.
Diante disso, a maneira mais assertiva de assegurar uma boa gestão financeira é, sem dúvidas, aplicar a inovação. Ao implementar uma abordagem inovadora, é possível alavancar os pontos que a empresa precisa que sejam supridos, bem como automatizar processos e realizar um mapeamento estruturado, elencando aquilo que pode ser melhorado e identificando oportunidades viáveis para investimentos.
Como citado anteriormente, o desempenho de uma organização não depende apenas do setor de finanças, mas sim de medidas efetivas implementadas em toda a organização. Por isso, a inovação vai ao encontro da gestão financeira por, justamente, analisar a empresa como um todo, classificando fatores de risco para o negócio, além de ajudar a compreender melhor as dinâmicas de mercado e guiá-la para onde é o caminho mais assertivo.
E, considerando as particularidades que permeiam a área financeira, para implementar a inovação, é primordial ter processos bem estabelecidos e um controle rigoroso das atividades desempenhadas – algo que com o apoio de uma ferramenta especializada, pode ser obtido. Afinal, o software torna-se eficaz para auxiliar com a automatização, eliminando a obrigatoriedade de tarefas manuais e, consequentemente, a alta suscetibilidade à erros, bem como assegura para uma visão abrangente de toda a companhia, podendo ser acionado independentemente da hora e do lugar.
Contudo, aplicar um conceito inovador é um trabalho árduo, uma vez que irá ocasionar mudanças na organização como um todo. Por isso, ter o apoio de um time especializado nessa abordagem ajuda a garantir que seja feita uma transição com menos impactos, além de auxiliar para um amplo entendimento da equipe dos pontos de melhorias que os fluxos precisam, e proporcionar uma melhor interpretação dos resultados da empresa.
Para as companhias que almejam inovar na gestão financeira, o caminho é um só: estabelecer uma comunicação com toda a equipe. Isso porque, os colaboradores são a engrenagem que garantem o desempenho da empresa, e estão envolvidos diariamente na execução dos processos – tendo maior propriedade para apontarem os pontos cruciais que precisam ser supridos. Além disso, estabelecer a separação de gastos pessoais da empresa, monitoramento do CNPJ, controle de dívidas, planejamento de gastos e mapeamento dos processos, também são passos essenciais para a garantia de uma gestão financeira eficiente.
Com as novas resoluções do mercado e o imediatismo que nos é exigido, é fundamental buscar inovar a gestão financeira. Não se pode nunca ter medo de mudar e revisitar as informações, uma vez que todo o empenho resultará na garantia do sucesso do negócio. Deste modo, ter uma abordagem inovadora não se limita apenas aos processos, mas abre margem para que todos tenham uma ampla participação, desde líderes e gestores. Afinal, mais do que inovar, é preciso sempre transformar.
Gilberto Bueno, consultor de sistemas do Grupo Skill.