Citigroup vai vender call center no Japão para cobrir compra do Wachovia, diz jornal

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O dinheiro para a compra das operações bancárias do Wachovia, anunciada nesta segunda-feira, 29, pelo Citigroup deverá ser obtido com a venda de um call center que a instituição possui no Japão e a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de seu negócio de gestão de ativos, que também mantém naquele país. A informação é do The Wall Street Journal, ao noticiar que, apesar do anúncio, o banco ainda está procurando por toda parte os recursos para cobrir a aquisição.

O Citigroup informou que a operação irá adquirir mais de US$ 700 bilhões de ativos de subsidiárias do Wachovia, e passivos relacionados. Segundo o banco, a transação criará banco de varejo líder nos EUA, com depósitos globais de US$ 1,3 trilhão.

O CEO do Citi, Vikram Pandit, disse que o banco planeja cortar US$ 500 bilhões de seu balanço nos próximos anos e obter mais capital, o que inclui a venda da Bellsystem24, com a qual espera buscar cerca de US$ 2 bilhões, de acordo com um relatório da empresa. Isso cobriria apenas cerca de US$ 2,2 bilhões da aquisição do Wachovia, mas ainda iria deixá-lo pendurado em uma dívida para saldar o banco.

Junto com a venda do call center, o relatório do Citigroup diz também que irá nomear para supervisionar o IPO a Nikko Asset Management, maior fundo japonês de gestão empresarial. A venda será feita pelo Goldman, Sachs & Co. e pelo banco de investimento do Citigroup no Japão, o Nikko Citigroup.

Desde novembro do ano passado, o Citigroup já levantou cerca de US$ 50 bilhões para cobrir os prejuízos. Agora, o banco diz que espera levantar US$ 10 bilhões em capital próprio e reduzir seus dividendos para ajudar a financiar a compra Wachovia, que foi dado como falido com o estouro da crise das hipotecas imobiliárias. O Federal Deposit Insurance Corp (FDIC), órgão governamental dos Estados Unidos, vai acompanhar a transação.

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