No processo de transformação digital, Votorantim e Cargolift encontram novos nichos de mercado

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A pandemia acelerou o processo de digitalização de muitas empresas, mas nem todas sabiam que poderia ir além com a transformação digital. Não foi o caso dos grupos empresariais Votorantim e a CargoLift, que em parceria com a ateliware, empresa especializada em desenvolvimento de software e produtos digitais customizados, encontraram novos nichos e oportunidades fora dos seus mercados tradicionais.

Identificar problemas e conseguir soluções que irão otimizar um processo é a chave da inovação. Foi o que aconteceu com a Votorantim no desenvolvimento de uma solução totalmente digital com o objetivo de detectar preditivamente perdas e fraudes, e o resultado positivo motivou a levar a solução ao mercado com o nome de Sykn, construindo uma experiência com o usuário mais amigável e intuitiva.

A Votorantim já tinha uma visão bastante clara do problema a ser enfrentado – por já serem usuários da própria ferramenta – como também já entendiam qual seria a melhor solução. "Ter este conceito já bem estabelecido foi um grande diferencial. Juntamos forças e cocriamos, então, um sistema de telemetria e geração de alertas em caso de transações suspeitas de erros ou fraudes", explica Peterson F. dos Santos, Founder & CEO da ateliware.

"O conceito do produto com uma UX fácil e intuitiva, nasceu aqui na Votorantim e a ateliware atuou como um importante parceiro. O Sykn é um produto 100% Votorantim e já está no mercado sendo testado e comercializado para empresas de diversos segmentos de mercado, apoiando os executivos em prevenção de fraudes nas áreas de suprimentos, vendas, compliance, logística e recursos humanos, entre outras.", conta Irineu Camanho, gerente de Prevenção de Perdas do Centro de Excelência da Votorantim.

A primeira fase do projeto foi dedicada ao início da ideação e descoberta. Foi investigativo. "Estudamos quais as melhores tecnologias, criamos provas de conceito e validamos protótipos navegáveis, antes de seguir para definições e telas. Estar sempre muito próximo ao cliente é primordial. Essa dinâmica de trabalho é um dos pilares da ateliware, pois nos permite olhar exatamente quais problemas vamos resolver com o produto. Quando iniciamos a fase de execução, já sabíamos qual o melhor caminho a seguir. ?Foi desenvolvida, então, uma solução de telemetria totalmente customizável, utilizando machine learning e big data para ajudar na análise e acurácia das informações", revela Manoel de Oliveira Souza, Founder & CTO da ateliware.

"No Grupo Cargolift desde 2017 colocamos foco na transformação digital como processo evolutivo. No final de 2019 escolhemos a ateliware como principal fornecedor parceiro para junto com a MatrixCARGO, uma startup do grupo criada para desenvolver uma Plataforma Digital para Soluções Logísticas Colaborativas, Estamos trabalhando com hiper colaboração e com muito sucesso nesta parceria que estende-se inclusive ao Instituto Cargolift", conta Markenson Marques, CEO da Cargolift Logística S/A.

Transformação Digital x Digitalização

Muitos confundem digitalização e transformação digital, mas é essencial saber que são conceitos bem diferentes: A digitalização refere-se basicamente em tornar um processo realizado manualmente em digital, o que não exige mudanças no seu modelo de negócios e fluxo de valor. "Já uma transformação digital, não é apenas digitalizar processos, mas ir além. É tornar o core da empresa tecnológico. É olhar para todo o modelo de negócio, entender os processos e otimizá-los, tendo a tecnologia como meio e não como fim. A transformação digital abrange as pessoas, seus comportamentos e as mudança de cultura, pois só assim pode-se garantir que as inovações implementadas tenham sucesso", explica Peterson.

Para o especialista, o passo inicial para que isso ocorra é começar com a questão humana e dentro de casa. Muito mais que pensar em novas ferramentas e soluções de aplicação para o negócio, é preciso conquistar a equipe e saber motivá-la – com isso as mudanças culturais irão acontecer de uma forma mais orgânica e efetiva. Já o segundo passo é executar os movimentos internos, como por exemplo, a quebra de hierarquias, e começar a seguir o conceito de redes – descentralizar as informações e responsabilidades e colocar o colaborador como parceiro do negócio para conectá-lo com o objetivo final do processo. Isso gera resultados mais efetivos e motivadores, tanto para a empresa como para a equipe. E o último passo, depois da cultura interna alinhada, é desenvolver produtos personalizados para sua demanda.

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