Com a crise financeira internacional e a desvalorização do real frente ao dólar, a Ericsson deve aumentar as exportações de estações radiobase (ERBs) de sua fábrica instalada em São José dos Campos, no interior de São Paulo, que atende aos mercados da América Latina e da África.
Hoje, cerca de 10% a 15% da produção é exportada, porém, esse número pode crescer para até 25% com o atual cenário. A idéia da fabricante sueca é aproveitar os custos menores de produção no país e aumentar a rentabilidade dos contratos. "Potencialmente será mais interessante expandirmos as exportações, e esse movimento tende a acontecer. Fica mais competitivo aumentar as exportações do Brasil", analisou Jesper Rhode, vice-presidente da Ericsson do Brasil.
O executivo também aponta que a crise, somada à demanda por banda larga e outros serviços de telecomunicações no país, devido ao maior investimento em redes das operadoras, fará com que a empresa concentre ainda mais o foco de atuação no país.
Um diferencial no qual a Ericsson aposta para obter bons resultados é justamente a fábrica local, fato que poderá atrair maior interesse das operadoras nas negociações. "É um diferencial competitivo ante os nossos concorrentes, que têm de importar os equipamentos. Ela nos posiciona com uma situação melhor nesse cenário atual", afirmou Rhode.
A fábrica da Ericsson passou por uma expansão neste ano, e aumentou a produção de 700 estações radiobase por mês para mil. Ao todo, a empresa já produziu 30 mil ERBs no Brasil.
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