Nokia Siemens admite voltar a produzir ERBs no Brasil

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A Nokia Siemens não descarta a possibilidafde de voltar a fabricar estações radiobase (ERBs) no Brasil, caso a conjuntura atual de desvalorização do real frente ao dólar se mantenha. "Com o real desvalorizado, o Brasil se torna um lugar interessante para termos manufatura. Estamos constantemente avaliando essa possibilidade e conversando com o governo. Não é difícil montar uma fábrica no país", afirmou Armando Almeida, chefe para a região da América Latina.
Atualmente, o Brasil representa entre 3% e 4% das receitas globais da empresa e é a principal operação da América Latina, cujo crescimento deve ficar na faixa dos 20% neste ano. Diante disso, o foco no país tende a aumentar, até porque representa 10% dos funcionários da Nokia Siemens em todo o mundo.
O foco da empresa está justamente na expansão do tráfego de dados no país, o que impulsionará os investimentos das operadoras em redes de acesso. Nesse período, a Nokia Siemens acredita que os investimentos em infra-estrutura de telecomunicações atingirão R$ 9 bilhões.
Segundo pesquisa da própria empresa, o Brasil fechará 2008 com 3,5 milhões de usuários de redes 3G. Para 2013, a expectativa da empresa é que o país some 100 milhões de clientes de 3G/4G. Com isso, o tráfego de dados será 50 vezes superior no período, representando um crescimento médio de 90% ao ano.
Em razão desse crescimento, a Nokia Siemens avalia que o atual espectro de 115 MHz disponível para 3G se esgotará em 2011, sendo necessário uma banda de espectro de 265 MHz para suportar a demanda, o que, se confirmado, representará um crescimento de mais de 100%. Atualmente, pouco mais de 3 MHz são usados pelas operadoras para a tecnologia 3G.
"Uma saída para a falta de espectro será os investimentos em tecnologias mais avançadas, que reutilizem com mais eficiência o espectro já existente", afirmou Wilson Cardoso, diretor de soluções para a América Latina da Nokia Siemens.
A fabricante estima que no período de 2008 a 2013, os preços de serviços de banda larga irão se manter, com as operadoras aumentando a capacidade de banda e volicdades para os clientes. Além disso, prevê que a introdução da tecnologia LTE (Long Term Evolution) no país em 2011.
De acordo com Cardoso, a tecnologia já está em operação comercial em algumas regiões de dos Estados Unidos e do Japão. "A infância do LTE se dará entre 2008 e 2009. A partir disso, a tecnologia amadurecerá e chegará ao país", comentou o executivo. Ele ressaltou que para trocar de tecnologia as operadoras não necessitarão investir em novas estações radiobase da Nokia Siemens, mas apenas uma atualização por meio de software. No entanto, admite que elas terão de investir em backbone para suportar a demanda.
Impacto da valorização do dólar
Em relação à valorização do dólar frente ao real, Cardoso admite que isso eleva os preços dos equipamentos da Nokia Siemems para as operadoras brasileiras, já que os produtos são importados. Disposta a manter o volume de vendas e acirrar a concorrência com a Ericsson, que produz no Brasil, a Nokia Siemens está disposta a manter preços os competitivos. "Uma saída para isso será reduzir as margens. Nós teremos que tomar atitudes para manter preços interessantes para nossos clientes", enfatizou Almeida.

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