Servidores das dez agências reguladoras promoveram nesta quinta-feira (29/11) um novo protesto em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília. Os manifestantes reivindicam a regulamentação da carreira dos funcionários dos órgãos e prometem realizar uma operação-padrão, a ser votada na próxima assembléia geral da categoria, para forçar a criação de uma agenda-prévia de negociações com o governo.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Especialistas em Regulação (ANERSindical), Paulo Mendes, o governo está sendo intransigente ao não receber os representantes dos trabalhadores. ?Nós queremos simplesmente o direito constitucional de representar uma categoria e sermos aceitos como representantes?, afirmou. ?Nós, servidores das agências, não queremos paralisar as atividades, isso seria só uma conseqüência da intransigência e da falta de visão republicana dos gestores do recursos humanos do [ministério do] Planejamento.?
De acordo com Mendes, a manifestação realizada nesta quinta reivindica a progressão na carreira e a promoção de funcionários das agências reguladoras. ?Somos servidores concursados das agências, nos submetemos ao concurso público convencional, entramos pela porta da frente. Desde então vários dispositivos da Lei 10.871 que representam uma parte substancial do nosso salário não foram regulamentados?, disse.
Para Rogério Coutinho, servidor da Anvisa, a falta de regulamentação da carreira é desmotivante para os servidores. ?De 2005 para cá, se observarmos o quantitativo nas agências, temos de dez a 15 servidores por mês pedindo exoneração. Nós temos uma evasão muito grande nas agências, pois os servidores sentem-se desvalorizados por não terem um plano de carreira. Muitos que passaram nos concursos sequer tomaram posse em decorrência desse problema?, explicou.
No dia 17 de outubro, a categoria já havia realizado uma manifestação. Na ocasião, uma comissão do ANERSindical reuniu-se com representantes do Ministério do Planejamento e acertou uma agenda-prévia de negociações para o mês de novembro.
Segundo Mendes, a reunião que estava marcada para o dia 7 de novembro, com a secretaria de recursos humanos do Ministério do Planejamento, foi cancelada. ?Nós recebemos um telefonema informando que o ministério não reconhecia a ANERsindical, e portanto não a receberia?, disse.
A assessoria de comunicação do Ministério do Planejamento foi procurada pela Agência Brasil, mas não quis se pronunciar sobre o assunto.
Com informações da Agência Brasil.