Um em cada 5 funcionários na AL usam a web para fins pessoais, diz pesquisa

0

Hábitos de navegação na web inadequados e procedimentos indevidos de funcionários no uso dos computadores têm colocado constantemente em risco os dados das grandes empresas na América Latina, segundo a pesquisa anual Web@Work 2007, realizada pela Websense, fornecedora de soluções de segurança de conteúdo na web.

O levantamento, feito com companhias do Brasil, Chile, Colômbia e México, revela que 56% dos funcionários realizam atividades potencialmente perigosas a partir do PC do escritório. A atividade mais comum, citada por 34% dos empregados, é enviar documentos de trabalho a suas contas pessoais de e-mail para trabalhar em casa. Cerca de 15% também admitem que clicaram em anúncios publicitários de sites, enquanto outros 15% enviaram ao menos um e-mail corporativo a um endereço incorreto.

Além disso, 8% dos entrevistados admitiram ter permitido a amigos ou familiares usarem o computador da empresa, tanto no escritório como na residência. A mesma porcentagem de funcionários disse ter acessado ? de forma acidental ou deliberada ? material para adultos enquanto trabalhava com o computador da empresa. Os funcionários na Colômbia e México são os mais propensos a realizar as diversas atividades indesejáveis; 60% realizam tais visitas, em comparação com 42% de funcionários chilenos.

O estudo também constatou que 60% dos funcionários utilizam sistemas de mensagem instantânea durante o expediente. A maioria declarou fazer uso desses softwares para propósitos de trabalho, enquanto 10% admitiram empregar para fins pessoais e 12%, para ambos os propósitos. Além disso, 67% dos funcionários usam notebook cedido pela empresa, sendo que, e entre esses, 80% utilizam o equipamento para se conectar a uma rede sem fio em um cyber café ou um hotel ao viajar.

A pesquisa revela, ainda, uma circunstância importante: 82% dos funcionários disseram estar seguros de que o departamento de informática os protege de cada ameaça de segurança pela internet, e por isso não crêem que devam modificar sua conduta. Além disso, todos os gerentes de TI entrevistados revelaram que sentem que sua companhia está protegida até certo ponto em termos de exposição a ameaças de internet, enquanto que os gerentes do Brasil são os mais confiantes: 28% relataram que estão 100% protegidos.

Em contraste, considerando os demais três países, a pesquisa revelou que apenas 15% dos gerentes sentem que sua empresa está totalmente protegida, o que significa que 85% não se sentem seguros. Entre os menos seguros, aparecem os gerentes de TI no México (88%) e Colômbia (92%) ? países em que a conduta dos funcionários é a pior em relação ao uso da internet.

Além de firewalls e antivírus, 8% dos gerentes de tecnologia não têm nenhum software específico de segurança para internet e acreditam que isso é suficiente. Entre aqueles que têm software adicional, 6% relataram que têm nove áreas de potenciais ameaças ocultas. Esses administradores relataram que as três soluções de segurança para internet mais utilizadas são software para filtragem (73%), software para deter spyware que envia informação para fontes externas (60%) e software para controlar o uso de comunicadores instantâneos (55%).

Segundo informaram 93% das companhias, elas têm políticas claras para o uso da internet e que seus funcionários as acatam com sua assinatura. Entretanto, o estudo verificou que essas técnicas não são completamente efetivas e que os funcionários continuam realizando atividades de risco.

A pesquisa detectou, também, que um em cada cinco funcionários passa mais de dez horas por semana visitando páginas web para fins pessoais no trabalho. Por sua vez, 26% dos gerentes de tecnologia informaram que não têm idéia de quanto tempo seus funcionários dedicam a essa atividade. Como fato em destaque, o tempo que os funcionários gastam navegando na web para fins pessoais aumentou desde 2005.

A proporção de funcionários que usa a web para propósitos pessoais aumentou para 91% (83% em 2005 e 84% em 2006), enquanto a porcentagem que gasta mais de dez horas por semana nessas atividades duplicou de 8% em 2005 para 16% em 2007. Os gerentes de tecnologia conhecem essa situação, e informaram que os funcionários gastam 8,9 horas por semana nessa atividade (em 2005 eram 7,2 horas, e em 2006 eram 6,3 horas), ao passo que 18% dos diretores de segurança crêem que os funcionários passam mais de dez horas por semana visitando páginas web para propósitos pessoais, comparados com 9% relatados em 2005 e 10% em 2006.

Em geral, os funcionários mexicanos visitam a web para propósitos pessoais mais que funcionários no Brasil, Colômbia e Chile. Por outro lado, os funcionários chilenos investem em média cinco horas por semana nisso, em comparação com 9,6 horas dos funcionários mexicanos. Isso significa que 42% dos funcionários no México gastam mais de cinco horas por semana navegando para uso pessoal, em comparação com o Chile, com 18%.

O sites não relacionados ao trabalho mais acessados a partir do PC do escritório são os de bancos e instituições financeiras (75%), meios de comunicação (50%), serviços de e-mail pessoal (27%), sites governamentais (20%) e sites de viagens (17%).

Ao todo a empresa realizou 400 entrevistas telefônicas em companhias com 250 funcionários ou mais, tanto gerentes de tecnologia como funcionários de nível médio. Todos os participantes confirmaram que eram profissionais de TI responsáveis pela segurança.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.