Governos latino-americanos veem inovação em C&T como desafio

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O papel e a importância da inovação, ciência e tecnologia no agenda socioeconômica da América Latina foi, pela primeira vez, discutido por ministros e outras autoridades de países da região durante encontro ocorrido em Buenos Aires, na Argentina. O entendimento dos governos latino-americanos é que esta é uma área que incorpora componentes aplicáveis ao segmento produtivo e que, por isso, também pode abrir espaço à competitividade comercial.
Ana Paula Kobe, assessora de Ciência e Tecnologia da embaixada brasileira na capital argentina, ressaltou que o uso de recursos tecnológicos torna-se o grande desafio dos governos da região porque atualmente nenhum deles quer depender exclusivamente de suas exportações agrárias.
"Hoje, ter um grande componente tecnológico impulsiona as empresas", disse a assessora. "Há 20, 30 anos, a Coreia do Sul investia pouco em ciência e tecnologia. Desde que o governo local passou a encarar o setor como prioridade, o país conseguiu estar entre os primeiros do mundo na área de inovação, da apresentação de propostas científico-tecnológicas, que mudaram não apenas a própria Coreia do Sul, mas também chegaram ao restante do mundo", completou.
Ana Paula afirmou que os ministros e autoridades de ciência e tecnologia da América Latina assinaram a Declaração de Buenos Aires, que não é apenas um documento com afirmações genéricas distribuído ao fim de um encontro internacional. "O diferencial da Declaração de Buenos Aires é que ela já identifica os temas prioritários para a cooperação dos países latino-americanos no setor de ciência e tecnologia"
Os ministros e autoridades de ciência e tecnologia da América Latina reunidos em Buenos Aires propuseram a criação de um grupo para elaborar uma agenda de trabalho. Esse documento deverá estar pronto até março de 2011, quando os ministros estarão novamente reunidos, desta vez na cidade mexicana de Guanajuato.
"A estimativa é que um ano de produção na indústria tecnológica corresponde a sete anos de qualquer outra indústria. Não há tempo a perder. É preciso ser rápido e os países latino-americanos estão conscientes de que devem se apressar para fazer da ciência e da tecnologia um componente importante da sua agenda produtiva", justificou a assessora. Com informações são da Agência Brasil.

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