Com o congelamento dos ativos financeiros do serviço de compartilhamento de arquivos Megaupload, todos os dados de clientes podem ser apagados até quinta-feira, 2. A decisão do Ministério Público Federal dos Estados Unidos, no momento da prisão de executivos ligados ao site, impede o pagamento das empresas responsáveis pela hospedagem das informações.
Entre as companhias que prestavam esse serviço para o Megaupload estão as americanas Carpathia Hosting e Cogent Communications Group, que estão sem receber desde o dia 20 de janeiro. Não há informações sobre o volume dos dados armazenados nos servidores dessas empresas. Para a justiça dos Estados Unidos, a eliminação das contas dos clientes acabaria com o compartilhamento ilegal de conteúdo sob copyright, como filmes e músicas, que, estima-se, desviou mais de US$ 500 milhões da indústria de entretenimento.
Para o Megaupload, contudo, muitos de seus 50 milhões de usuários utilizavam seu serviço de hospedagem e compartilhamento de arquivos apenas para guardar arquivos pessoais, como trabalhos escolares e apresentações em ppt. Além disso, ao apagar os dados dos usuários, a empresa perderia um importante elemento utilizado na defesa dos réus no processo judicial.
Holanda pressiona
Enquanto isso, autoridades da Holanda afirmaram a agências internacionais que irão reforçar a pressão contra o acesso a sites de download de conteúdos pirateados. A Justiça do país determinou o fim do acesso a um deles, o Pirate Bay, a partir do dia 1º de fevereiro. De acordo com a legislação local, o usuário que realizar a transferência dos arquivos não é criminalizado.
O provedor KPN afirmou em seu blog oficial que irá restringir o acesso de seus usuários "apenas com um mandado judicial", já que isso é tido pela empresa como uma medida drástica. A concorrente T-Mobile adotou o mesmo posicionamento e afirmou à imprensa holandesa ser "uma forte apoiadora do livre acesso e fundamentalmente contra o fechamento de páginas na internet".