As organizações estão aproveitando a capacidade da computação social para melhorar a colaboração dos funcionários, conectar-se melhor com uma nova geração de clientes, parceiros e outros stakeholders, assim como para atrair e reter talentos. Essa tendência permanecerá em 2013, e com ela, a proliferação de recursos sociais em uma ampla gama de produtos de software corporativo (tais como CRM e ERP) e suas plataformas principais de colaboração e gestão do conhecimento dentro das áreas de negócios. Prevemos, como consequência, o surgimento de ilhas sociais dentro dessas organizações.
Para combater esse “efeito ilha” tecnológico, que ameaça a premissa dos objetivos da colaboração social, acreditamos que as organizações precisarão garantir estratégias de computação social que incorporem objetivos de negócios para uso de recursos sociais, além de racionalizar suas abordagens técnicas gerais de implementação. Essas abordagens levarão em conta a integração entre diferentes plataformas de mecanismos sociais e aplicativos corporativos apropriados com os quais o compartilhamento de conhecimento e a colaboração mais eficazes poderão acelerar os ciclos, aumentar a eficiência operacional e melhorar a aprendizagem dos funcionários.
O tempo está correndo. Até mesmo alguns anos atrás, as previsões do Gartner indicavam que as tecnologias sociais estariam integradas à maioria dos aplicativos de negócios até 2016. Antes consideradas um fator de colaboração “desejável”, as tecnologias tornaram-se um fator essencial, tanto dentro das empresas como externamente, por meio de canais de marketing. O foco atual nos aplicativos corporativos sociais que contemplam processos importantes de contato direto com os clientes – tais como gestão de casos e resolução de problemas – continuará existindo, pois a colaboração entre os profissionais do conhecimento e a velocidade da informação que chega até eles começará a demonstrar os níveis esperados de aumento de produtividade e envolvimento dos clientes. No entanto, será dada maior ênfase ao uso das tecnologias sociais para melhorar o compartilhamento mais transparente de ideias que contribuam para o processo de inovação.
Em 2013, as empresas de ponta estarão atentas à integração de tecnologias sociais às funções de recursos humanos – especificamente as de recrutamento, incorporação de funcionários e aprendizagem contextual e prática – como um meio de atrair, desenvolver e reter os melhores talentos. Em seu livro “The 2020 Workplace”, Jeanne Meister afirma que “a geração do milênio é propensa a escolher um local de trabalho que lhe dê acesso às ferramentas e tecnologias mais recentes para trabalhar”.
Olhando mais adiante para a futura mão de obra de 2020, as linhas entre a gestão da vida pessoal e profissional ficarão indistintas, pois a próxima geração de profissionais, os “2020s”, esperarão que as empresas lhes proporcionem um ambiente propício para gerenciar ambos os aspectos da vida. Programas de BYOD (“traga seu próprio dispositivo”), plataformas de comunicação unificadas, aplicativos móveis e o uso avançado de vídeo ao vivo para capturar, compartilhar e consumir conhecimento e aprendizagem também passarão a ser comuns.
A gamificação, ou seja, a capacidade de influenciar e promover comportamentos desejáveis e incorporar a aprendizagem em atividades lúdicas, inclusive spotlighting e badging, ganhará importância tanto nas empresas como nos canais sociais externos como um meio de educar e capacitor s funcionários, influenciar e transformar comportamentos culturais e aumentar o envolvimento dos clientes. Na verdade, o Gartner prevê que “70% das empresas da Global 2000 gerenciarão pelo menos um aplicativo ou sistema lúdico até 2014.”
Para apoiar essas mudanças culturais e tecnológicas, as estratégias de computação social dos CIOs começarão a incorporar e-mail na nuvem, serviços de colaboração e plataformas de computação social a uma abordagem global para a próxima geração de colaboradores na empresa.
Por fim, à medida que mais dados sociais ficam disponíveis para análise (tanto na organização como em redes sociais externas) as organizações também procuram obter informações que vão além das métricas de uso e atividade e da análise de sentimentos. O objetivo é incluir dados que auxiliem processos complexos de tomada de decisões para permitir a vantagem competitiva no mercado, refinamentos em tempo real, correções de rota em suas estratégias de produtos e serviços.
Nick Evans é vice-presidente e gerente geral da Unisys e lidera as áreas de estratégia de soluções e inovação.
Gloria Burke é diretora da Unisys responsável pelo programa de colaboração e gestão do conhecimento.