A Minsait, companhia da Indra, traz uma solução inovadora para a venda online de produtos frescos, que deve impactar principalmente os supermercados. Com o uso de inteligência artificial, a companhia desenvolveu um software que pode ser integrado ao e-commerce desses varejistas e gerar uma experiência de compra similar à de lojas físicas. O intuito é gerar confiança no consumidor, proporcionando-lhe um controle total sobre a compra de seus produtos, garantindo que o pedido será entregue no menor tempo possível, sem imprevistos.
Na prática, a ferramenta coloca à disposição dos clientes a assessoria de um especialista por trás da tela, com um atendimento 100% personalizado. Por meio da tecnologia de visão artificial e câmeras avançadas de acompanhamento, capazes de seguir o movimento do profissional que o atende, o consumidor consegue ter uma experiência completa, "vivendo" a experiência de escolher seus produtos frescos.
Em relação à tecnologia empregada, a solução funciona de maneira integrada por dois sistemas: um de gestão de turnos, que permite ao cliente acompanhar todas as etapas de preparação do produto, da mesma forma que o faria em uma loja física; e outro de envio dos itens frescos, facilitando ao consumidor sua conexão remota com o funcionário que o atenderá e preparará seu pedido.
A proposta da Minsait, construída sobre sua solução Onesite Platform (a plataforma aberta da Internet of Things (IoT)) com capacidades Big Data, anteriormente conhecida como Minsait IoT Sofia2), integra-se completamente ao ecommerce do retailer, permitindo ao cliente realizar seu pedido em qualquer serviço de produtos frescos oferecidos pelo distribuidor por meio do seu canal online.
Derrubando barreiras na compra de "produtos frescos"
Hoje, a compra de produtos frescos é uma das principais barreiras para o e-commerce. Nos Estados Unidos, a Amazon é um dos principais exemplos de investimento em entrega expressa (e a compra da Whole Foods realizada há algum tempo reflete o potencial de mercado a ser explorado nesse sentido).
Além disso, existe o fato de que cada vez mais pessoas procuram por alimentos orgânicos e saudáveis. Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo mostra que, no Brasil, 80% das pessoas já se esforçam nesse sentido e 71% preferem esse tipo de produto – ainda que tenham de pagar mais caro por eles.
Em meio a esse cenário, o desafio de superar a baixa disseminação de produtos de consumo rápido na internet persiste. O relatório "Tendências e Comportamento do Consumidor", da Associação Paulista de Supermercados (APAS), mostra que apenas 2% dos consumidores adquirem alimentos de maneira digital. Entre os clientes, a maioria é formada pelas classes AB, com 4%.
