O Brasil precisa se tornar mais competitivo no setor de software, por isso o governo estuda criar um plano para desenvolver a indústria do setor no país. A informação é do secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida, durante o Abinee TEC 2011.
O secretário disse que a Lei de Informática cumpriu seu objetivo em gerar investimentos em tecnologia da informação e comunicações (TIC) e contribuiu para o aumento dos aportes em pesquisa e desenvolvimento (P&D). "Entretanto, agora se faz necessária a implantação de medidas complementares que possam elevar de patamar a política de tecnologia da informação do país."
Segundo ele, o país avançou na política de manufatura com a Lei de Informática, mas, agora, com o advento das mudanças que ocorreram na internet, a chegada das redes sociais, precisa se tornar competitivo na área do desenvolvimento de software. "Nossa intenção é construir um plano estratégico de software que transforme o país em um dos grandes players no mercado global de software e serviços", disse.
De acordo com o professor da Unicamp, Sérgio Salles, os incentivos da Lei da Informática são importantes e ajudaram as empresas a produzir com um pouco mais de densidade tecnológica, porém, a lei tem impactos limitados na agregação de valor.
"Ela teve efeitos positivos, mas bateu no teto. Só ela não nos move para o lugar que queremos. Por isso, precisamos de mecanismos para alavancar a cadeia de valor", disse ele, citando que um dos caminhos para a geração de valor está nos componentes. "Não precisamos fazer todos componentes aqui, mas precisamos estimular a produção nacional de alguns, principalmente aqueles que são fortes agregadores de valor", salientou.
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