O fundador do Wikileaks, Julian Assange, teve sua apelação negada pela Corte Britânica. Com a decisão, ele deve ser extraditado à Suécia, onde responde por crime de estupro. Seu site ficou conhecido mundialmente por vazar documentos oficiais de governos, com denúncias graves de abuso de poder, corrupção e acordos entre autoridades. Assange não estava no tribunal quando foi proferida a sentença.
Houve consenso entre cinco dos sete membros do juri, que marca o fim de um processo que já se arrastava por 18 meses e que foi iniciado pcom a prisão de Assange em dezembro de 2010 na Inglaterra, no auge da notoriedade do Wikileaks. Os juízes britânicos deixaram claro que a decisão foi tomada com base na questão técnica de que o pedido do país europeu tem autoridade para extraditar Assange, não estando relacionada à acusação que ele enfrenta na Suécia.
O pedido de extradição será mantido por 14 dias ou até a defesa apresentar um pedido de reabertura do caso. A advogada do réu, Dinah Rose, confirmou a possibilidade de retomar o episódio com um “ponto legal o qual os advogados não tiveram a chance de explorar”.
O australiano nega as acusações e fundamenta sua defesa no argumento que, uma vez na Suécia, os Estados Unidos ganham base legal para processá-lo por divulgar dados confidenciais do Departamento do Estado norte-americano. Ele também alega que a denúncia de estupro foi forjada por uma armação policial. De acordo com o jornal Financial Times, Assange obtebe seu sustento por todo esse tempo por meio de doações de apoiadores do Wikileaks.