Como a inclusão digital das cadeias produtivas auxilia o setor de alimentos e bebidas

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Com o início da pandemia de Covid-19, a transformação digital em diversos setores da economia teve uma aceleração notável. Seja por meio da automação de tarefas, do armazenamento em nuvem ou até mesmo do desenvolvimento de aplicativos, as empresas buscaram novas formas de digitalizar seus processos tradicionais. No setor de alimentos e bebidas, um dos mais importantes do país, não foi diferente.

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), a indústria brasileira de alimentos e bebidas registrou crescimento de 12,8% em faturamento no ano de 2020, em relação a 2019, alcançando R$ 789,2 bilhões. No entanto, o segmento de Food Service sofreu muito com o fechamento dos restaurantes durante a pandemia.

Diante deste cenário, notou-se um colapso na cadeia produtiva, com a falta de suprimentos e de sincronização de processos produtivos entre os elos da cadeia de supply chain – fluxo de materiais e atividades relacionadas ao longo dos processos de produção –, que estavam desalinhados. Com isso, o processo de digitalização foi o recurso encontrado para a sobrevivência de diversos negócios, além de ter a chance de aumentar a conectividade de todas as pontas. Olhando à frente e já pensando no fim da pandemia, as companhias estão acelerando ainda mais o processo de criação de novos canais omnichannel – canal de atendimento virtual e físico.

Diariamente, percebemos as transformações sentidas pelas cadeias produtivas no comportamento do cliente. O consumidor acelerou o consumo de alimentos e bebidas por meio de aplicativos  B2C, por exemplo. Assim, a cadeia produtiva, que envolve indústrias, distribuidores e Food Service, viu a necessidade de digitalizar também os seus processos de abastecimento na cadeia de distribuição.

Nas tarefas tradicionais, como vendas da cadeia de distribuição, atendimento ao cliente, serviços e relacionamento, observou-se como os processos não eram digitalizados e como isso afetava o crescimento das empresas. Por isso, soluções tecnológicas, como marketplace, armazenamento digital, logística, fidelização e Inteligência Artificial, devem ser olhadas de forma positiva para a redução dos custos das cadeias de distribuição. E este é o papel da tecnologia: apresentar novas soluções que se tornaram imprescindíveis para o setor.

Durante a crise, as cadeias produtivas tiveram um impacto profundo. Com os últimos acontecimentos da economia mundial, como a alta do dólar e do petróleo, as dificuldades de importação, a falta de suprimentos e insumos nas indústrias e a alta da inflação, as indústrias passaram a focar, alternadamente, entre consumo do mercado local e consumo do mercado internacional, buscando soluções para aumentar ou, pelo menos, manter as suas margens de lucro.

Todos esses fatores combinados na economia demonstram uma necessidade urgente para que todos os envolvidos na cadeia de distribuição busquem a reinvenção de suas demandas com processos mais eficientes, produtivos e digitais. A tecnologia só tem a colaborar com a cadeia produtiva. Além disso, contribui para o aumento de sua produtividade nos canais omnichannel, destravando todo o potencial de consumo para os clientes.

João Alfredo Andrade Pimentel, fundador da 6place.

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