A inovação tecnológica deve ser uma ferramenta dos países da América Latina para enfrentar a crise financeira internacional. Essa é a opinião do uruguaio Enrique Iglesias, titular da Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib), que destacou que a inovação tem sido sempre um instrumento de modernização e de competitividade econômica no mundo. "Agora, nós temos uma crise muito séria e nós vamos chegar a um ponto que não será o do início da crise. É outra sociedade, outra economia. Nesse contexto, temos grandes riscos, mas também grandes oportunidades", observou.
Segundo Iglesias, a posição ocupada pela América Latina no mundo atualmente faz com que a região se aproprie das oportunidades geradas pela crise. Ele acrescentou que os países devem ampliar de forma radical a produtividade e competitividade para usufruir ao máximo das oportunidades.
"E isso tem que ser feito a partir da inovação. A inovação é o instrumento que pode nos colocar na globalização com pé firme e maior competitividade. Por isso, eu acho que, hoje, a inovação é o instrumento de resposta à crise", afirmou Iglesias.
Para o secretário, as políticas públicas devem estimular a inovação entre as empresas e essa responsabilidade deve ser compartilhada entre o setor público e a iniciativa privada. "É outro desafio, em que nós temos também que inovar. Temos que aprender a trabalhar juntos, os dois setores, de forma mais eficiente do que foi até agora. Portanto, a cooperação público-privada nessa área é fundamental", disse Iglesias.
Ele lembrou que os países que mais avançaram no campo da inovação foram justamente aqueles que fizeram uma boa coordenação de esforços. Segundo ele, no Brasil, no Chile e no México, isso já está acontecendo de forma clara. Ele sugeriu que o modelo que tem sido tão bem-sucedido nos países asiáticos, como a Coreia e a China, tem de ser reproduzido na América Latina. Com informações da Agência Brasil.
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