Brasil e Argentina discutem comércio bilateral de celulares

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Representantes do setor privado brasileiro e argentino reuniram-se na terça-feira, 28, em São Paulo, para a primeira reunião com o objetivo de debater propostas mútuas que visam reduzir potenciais atritos no comércio de telefones celulares entre os dois países.
A delegação argentina apresentou uma proposta no sentido de alcançar o que ela chama de um "comércio administrado" entre os dois países, com o propósito de melhorar a participação do produto argentino no seu próprio mercado.
A delegação brasileira colocou-se à disposição para trocar informações e impressões visando alcançar a proposta argentina, sem prejuízo ao comércio bilateral. Os representantes brasileiros expuseram, também, a preocupação com a possibilidade de que parte da produção brasileira para o mercado argentino seja substituída por produtos de países extra-Mercosul, e não por produção local da Argentina, o que seria ruim para os dois países e para o bloco como um todo.
Os representantes dos governos argentino e brasileiro se comprometeram a monitorar essa situação e impedir que ela ocorra. A delegação brasileira, por sua vez, trouxe a questão da modificação do requisito específico de origem para os telefones celulares. A pretensão brasileira é de que se possa adotar no comércio beneficiado pelo Mercosul o mesmo requisito de origem que vige no comércio entre a Argentina e o México, no âmbito de acordo bilateral.
A delegação argentina concordou que se mantenha aberta a negociação e troca de impressões e novas sugestões no sentido de modernizar o requisito de origem. Ao fim do encontro, as duas delegações se comprometeram a prosseguir as discussões internamente sobre os temas comércio administrado e requisito de origem, os quais deverão ser retomados na próxima reunião da Comissão Bilateral de Comércio, que deve ocorrer entre o fim do mês de agosto e início de setembro.
Participaram da reunião, o secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Nilton Sacenco; a coordenadora-geral de Comércio Exterior da Suframa/MDIC, Maria Gracilene Belota; o gerente de relações internacionais da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Mario Roberto Branco, além de representantes de empresas do setor.
Pelo lado argentino, estiveram Gabriel Horácio Szpak, da Subsecretaria de Política e Gestão Comercial do Ministério da Produção, e Eduardo Lapiduz, gerente da Afarte (Associação de Fábricas Argentinas de Produtos de Eletrônica).

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