A Pesquisa "Covid-19: como será o seu retorno aos escritórios", divulgada pela consultoria KPMG nesta quinta-feira, 30, compilou a opinião de 722 empresários de todo o Brasil sobre suas expectativas em relação a uma série de aspectos que deverão ser observados no retorno às atividades presenciais, quando o momento crítico da pandemia do novo coronavírus estiver superado.
Nesse grupo, há uma maioria de empresas da região sudeste (com 77,98% do total), seguidas pelo sul (8,86%), centro-oeste (7,72%), nordeste (3,60%) e norte (1,94%). A maioria delas atua no setor de Serviços Financeiros (14,12% do total), constando na sequência as empresas de diferentes segmentos industriais (9,25%), Energia e Recursos Naturais (7,59%), Agronegócio (7,35%), Tecnologia (6,29%), Consumo e Varejo (6,17%), Automotivo (6,17%), entre outros setores.
Em tempos de prevalência do trabalho remoto, medidas à qual as empresas precisaram se adaptar rapidamente, fica a questão: qual foi o impacto do home office na produtividade dos profissionais. Para a maioria (49,58% dos entrevistados) não houve qualquer alteração.
Outros 24,52% avaliaram que a produtividade aumentou cerca de 20%; e 9,42% acreditam que houve uma melhora superior a 20% na entrega de resultados. Porém, para 10,8% foi notada uma diminuição de até 20 na produtividade dos colaboradores, ou algo superior a este índice para 5,68% dos empresários consultados.
De acordo com as respostas dadas pelos entrevistados, a previsão é de o retorno às atividades nos padrões convencionais se dê entre os meses de setembro e dezembro de 2020 (para 34,90% dos respondentes). Parcela um pouco menor, de 21,05% prevê um retorno já em agosto deste ano. Outros 12,33% já retomaram suas rotinas habituais, mas para 11,22% o acesso ao escritório nem chegou a ser bloqueado. Menos otimistas com o cenário da pandemia, 9,42% dos entrevistados não acreditam que o retorno se dê antes do ano que vem.
Questionados sobre as estratégias de retorno gradativo que deverão adotar, a maioria dos entrevistados (30,33%) pretende voltar com, no máximo, 30% dos profissionais. Outros 27,01% deverão requisitar a presença no escritório de apenas 50% do quadro de colaboradores, no máximo. Para 16,07% o retorno gradual se dará com a presença de até 15% do total de funcionários, e 10,39% deverão pedir o retorno de mais de 50% do pessoal. Por outro lado, 16,2% dos entrevistados pretendem retomar o dia a dia de suas atividades com 100% de seu quadro na empresa.
Para 56,93% dos entrevistados não será necessário reduzir a quantidade de metros quadrados ocupados pelo escritório após o controle da pandemia. Porém, 13,43% dos empresários avaliam que haverá uma redução entre 16% e 30%, enquanto que 4,16% deles pretendem até aumentar o espaço.
Em uma questão que permitia a indicação de um ou mais opções, as medidas mais citadas a serem adotadas para controle de acesso de colaboradores ao escritório foram as seguintes: obrigatoriedade do uso de máscara facial (39,42%), medição de temperatura (27,91%), questionário referente às condições de saúde no momento (21,41%) e aplicação de testes para detecção de Covid-19 (11,27%). Importante destacar, também, que dentre os respondentes, 15% afirmaram que irão aplicar as quatro medidas apontadas na pesquisa.