Ministro defende compatibilidade entre abertura econômica e zonas francas

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A abertura econômica implementada no país desde o início da década de 90 não enfraqueceu a Zona Franca de Manaus. Em grande parte, isso se deve à recente aproximação política e econômica brasileira com os demais países da América Latina. Essa, em linhas gerais, é a visão do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, em declaração feita nesta quarta-feira (30/8) na 10ª Conferência Latino-americana de Zonas Francas, em Manaus.

?No final dos anos 80, os impostos de importação giravam em torno de 50%. Em 2006, eles eram cerca de 10%. Estamos coroando um processo de abertura econômica. Isso não tirou o brilho da Zona Franca de Manaus, ao contrário, acelerou sua dinâmica?, disse o ministro.

O ministro lembrou que a região era um pólo essencialmente importador de matéria-prima e componentes, que se tornou exportador de ?mais de US$ 2 milhões de produtos acabados, principalmente no campo eletroeletrônico?. Segundo ele, em 2004, Manaus se tornou o quinto pólo econômico do país, ultrapassando a capital de Minas Gerais, Belo Horizonte. ?Em quatro anos, os empregos no pólo industrial amazonense mais que dobraram?, disse.

De acordo com o presidente do Comitê de Zonas Francas das Américas, Hector Villalta, a Zona Franca de Manaus tem apresentado a melhor performance industrial dentre as cerca de 200 filiadas ao comitê. Desde 2003, a de Manaus passou a integrar o órgão. Juntas, essas áreas (que atuam nos mais variados setores, incluindo comércio e agroindústria) reúnem US$ 300 bilhões em investimentos e geram 2,5 milhões de empregos diretos, além de 5 milhões de empregos indiretos.

?O mecanismo da isenção tributária é importante para o desenvolvimento. Ele tem efeitos multiplicadores nos processos econômicos do país?, defendeu Villalta. ?A zona de Manaus é um bom exemplo dessa política clara de industrialização de uma região estratégica.?

Furlan destacou que, em 2002, a América Latina era o terceiro parceiro comercial do Brasil, correspondendo a cerca de 19% das vendas ao exterior feitas pelo país. O primeiro era a União Européia, com 25%, e o segundo, os Estados Unidos, com 22%. ?Em 2005, os países da América Latina ultrapassaram em importância o mercado norte-americano. Neste ano, pelos dados até julho, deverão superar também as vendas que o Brasil faz para a União Européia.?

Com informações da Agência Brasil.

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