Terceirizados já representam um terço dos postos de trabalho

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A mão-de-obra terceirizada no Brasil, de modo geral, cresceu 127% em dez anos. Dependentes de alta tecnologia, os bancos foram os que mais terceirizaram: 600 mil postos de trabalho. Isso faz com que a prestação de serviços terceirizados (outsourcing) seja uma das modalidades que mais tem crescido em vários setores da economia. Para se ter uma idéia, um terço dos postos de trabalho, criados de 1995 a 2005, corresponde à mão-de-obra terceirizada.

De acordo com o administrador Miguel Ruiz, da MR Consultoria, especialista no assunto, o conceito vem evoluindo ao longo dos anos, tornando-se um importante fator de competitividade no mercado cada vez mais globalizado e competitivo. Ele sustenta que a terceirização eleva a eficiência das empresas, reduz custos e aumenta a competitividade.

Uma das áreas que mais terceirizou no período foi a de tecnologia da informação. Ao contrário de outros setores, pesquisa revela que 61% dos executivos consideram que o outsourcing de TI ajudou suas empresas a melhorar seus desempenhos e 74% deles estão satisfeitos com os resultados obtidos após um ano de experiência.

Ruiz explica que do ponto de vista da gestão, com o outsourcing de TI, as empresas podem se dedicar integralmente ao foco principal de suas atividades. ?A incorporação de profissionais mais bem qualificados para o suporte tecnológico propicia resultados de mais qualidade aos serviços e mais disponibilidade do pessoal interno para o negócio da empresa propriamente dito.?

Para ele já estão comprovadas as vantagens e os benefícios do outsourcing, seja por razões estratégicas, operacionais ou de gestão. Dentre os principais resultados, Ruiz destaca a redução de custos globais do setor, melhor abordagem de negócio e melhoria da qualidade do serviço prestado. Hoje em dia, porém, as grandes questões são: quais são as melhores práticas e as maneiras de aderir à terceirização, como escolher os parceiros adequados e de que forma medir seus resultados?

Miguel Ruiz aconselha as empresas a procurarem no fornecedor de outsourcing um parceiro de negócios, que traga uma vasta gama de habilidades e pontos fortes. ?Uma boa consultoria determina o que é melhor para o cliente?, diz ele. ?Um especialista em TI bem preparado tem condições de avaliar e planejar como a tecnologia vai apoiar a evolução dos negócios da empresa.?

?Por ter a tecnologia o seu negócio principal (core business) e o custo de infra-estrutura e mão-de-obra compartilhado entre outros contratantes, a empresa tende a ter uma maior capacidade evolutiva?, sentencia Miguel. ?Mais do que um contrato, é preciso estabelecer uma relação de parceria de negócios?, completa.

Para Ruiz, vale a pena avaliar a performance do outsourcing com base num amplo conjunto de resultados e não limitar a avaliação apenas ao fator redução de custos. O especialista indica a incorporação de contratos de nível de serviços (SLAs), como mecanismo segundo o qual a empresa contratante discrimina as garantias de qualidade, quantidade, modalidade e precisão dos diferentes serviços a serem oferecidos.

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