Liderança humanizada: o maior desafio em tempos de burnout

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Muito se fala em "humanização" nas pautas profissionais, porém ainda há uma grande lacuna entre o entendimento e a prática – ainda mais quando se trata de gestão humanizada de equipes diversas. 

Considere uma empresa que fez um censo e descobriu que seus colaboradores são majoritariamente pessoas brancas, cis, hétero, sem deficiência. Então cria-se uma política de inclusão para receber mais colaboradores de grupos minorizados, como pessoas com deficiência, negras, indígenas, neurodivergentes, 40+, LGBTQIAPN+. 

Onde está a barreira? 

Quando as pessoas são muito parecidas, geralmente vem de lugares muito similares. Então existem perspectivas que não são consideradas, como:

  • Origens diferentes produzem comportamentos diferentes 
  • Existem inúmeras formas de comunicação para garantir mais efetividade na compreensão das informações 
  • Alteridade é se colocar no "lugar do outro", sob a prerrogativa de considerar uma realidade que jamais poderá ser experimentada em sua totalidade (porque as barreiras visíveis são somente a ponta do iceberg da exclusão social)

Como humanizar a gestão de um time? 

Por mais que os termos "Letramento" e "Sensibilização" estejam saturados por muitas ações emergenciais, como quando uma empresa é autuada pelo Ministério Público por não cumprir a cota de profissionais com deficiência, por exemplo. É preciso começar pelo básico, para evoluir. 

É preciso ter escuta ativa para compreender qual foi a  experiência de vida e profissional de cada membro da equipe, para que haja uma verdadeira troca de aprendizados e ajustes realmente funcionais. 

Quais os benefícios de diretos e indiretos da gestão humanizada? 

  • Preservação da saúde mental dos  indivíduos 
  • Fortalecimento do branding 
  • Diminuição de conflitos 
  • Melhora no ranking de avaliações e premiações como GPTW (Great Place To Work), por exemplo
  • Impulsionamento da cultura de diversidade 

Figuras de liderança que só olham para números, imprimem uma imagem de gestão tóxica, abusiva ou indiferente e isso pode impactar diretamente na qualidade da vida dos membros da equipe e na sustentabilidade do negocio. 

Portanto, é essencial que o planejamento estratégico da marca inclua, de forma naturalizada, um cronograma anual considerando sensibilizações (com especialistas com conhecimento de causa), treinamentos específicos e atualizações recorrentes sobre pautas diversas. 

Informação muda as pessoas e pessoas mudam o mundo! Conhecer melhor as pessoas que integram seu time, abre oportunidades de identificar mais rapidamente situações, barreiras e soluções. Isso melhora expressivamente a gestão de crises e mitigação de riscos. 

Quando as lideranças conhecem melhor as pessoas que contrataram, tem mais capacidade de desenvolver o profissional e diminuir demissões indesejadas. 

Amanda Lyra, Especialista e Consultora em Acessibilidade, Diversidade e Equidade, Palestrante e Comunicadora.

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