A Intel trabalha com uma expectativa de aumento de 29% nas vendas de microcomputadores da América Latina neste ano, o que, se confirmado, vai representar 29,4 milhões de unidades vendidas. Deste total, a empresa calcula que 19,2 milhões serão de desktops e 10,2 milhões de notebooks.
A estimativa da fabricante de chip tem como base estudo da IDC América Latina, o qual aponta que no primeiro semestre deste ano já foram vendidos 12,8 milhões de PCs na região, dos quais 70% foram desktops (8,9 milhões de unidades) e 30% computadores portáteis (3,8 milhões de unidades de notebooks vendidos), um crescimento total de 25%, se comparado ao mesmo período do ano passado (10,2 milhões de PCs vendidos).
A penetração de notebooks corresponde a 35% do volume total de vendas de computadores na América Latina e chegará a 63% até o ano de 2012, desde que as condições econômicas se mantenham, segundo a consultoria.
Ela atribui o crescimento das vendas de PCs no mercado latino americano, além de as inúmeras inovações tecnológicas, principalmente a taxa baixa do dólar, a maior disponibilidade de crédito, a forte aspiração dos consumidores e a crescente concorrência que aumenta e diversifica os modelos e preços disponíveis no mercado. Outro fenômeno importante na América Latina é a substituição, aos poucos, do computador familiar pelo computador individual.
"Percebemos que os usuários que já tiveram a experiência do primeiro computador sentem a necessidade de adquirir produtos com mais funcionalidades, maior mobilidade e maior poder de processamento, como processadores dual ou quad core e os preços em queda acentuam ainda essa tendência", analisa Jesus Maximoff, diretor geral de Intel para América Latina.
Nas classes A e B dos países latinos, a tendência de segmentação se consolida uma vez que os consumidores pedem por produtos direcionados às necessidades específicas, como PCs dedicados a jogos, educação, centrais de mídia ou entretenimento, público infantil ou uso profissional.
Hoje, 67% do mercado de PCs na América Latina é formado por vendas para consumidor ou home (pessoa física e estima-se que esse percentual alcançará os 70% em 2012.), 37% de computadores para negócios e 8% de computadores destinados para educação e governo.
Um crescimento expressivo para América Latina está no segmento de educação e governo, onde é esperado um crescimento de 54% nas vendas de computadores até o final de 2008, sendo este número representado por computadores empregados tanto nas estruturas acadêmicas (incluindo universidades) ou como no uso como ferramenta de trabalho. Já no segmento de home, o crescimento esperado é de 38%.
A Intel espera um crescimento de 35% na venda de notebooks na América Latina até o fim do ano e os países que mais impulsionarão as vendas são: Chile (com previsão de crescimento de 55%), Colômbia (com 48%) e México (com 41%). A fabricante também avalia que a mobilidade continuará na pauta das empresas e consumidores domésticos, além de haver um crescimento exponencial de dispositivos móveis até o fim do ano nos países latinos.
"O cenário latino-americano é otimista para este ano. Mobilidade, processadores de núcleos múltiplos e internet banda larga são as bolas da vez. Mas apostamos: esse ano será a ponta do iceberg em muitas áreas para adoção da tecnologia", finaliza Maximoff.