Confirmando os rumores que circularam no mês passado, o site de leilões e comércio eletrônico eBay confirmou nesta terça-feira, 30, que seu Conselho de Administração aprovou o plano de fazer a separação (spin-off) de sua unidade de pagamentos eletrônicos PayPal no segundo semestre de 2015.
A notícia agradou os investidores, visto que os papéis da empresa abriram o pregão da Nasdaq nesta terça-feira, 30, cotados em US$ 56,66, alta de 7,6% em relação ao fechamento do dia anterior, atingindo pico de 12,4%, às 10h45 (horário de Brasília), com os papéis cotados em US$ 59,20. A alta nas ações da empresa se manteve durante o dia, encerrando o pregão em 7,5%, com os papéis negociados em US$ 56,63.
Em comunicado, a companhia informa que, com a conclusão do spin-off, o eBay e o PayPal passarão a atuar como empresas independentes, cada uma com sua respectiva cotação na bolsa eletrônica Nasdaq. A criação de duas empresas independentes trará melhores posições ao eBay e PayPal para capitalizar suas respectivas oportunidades de crescimento no comércio global em rápida mudança, ainda segundo a empresa.
"Por mais de uma década eBay e PayPal têm se beneficiado mutuamente em fazer parte de uma empresa, criando substancial valor para os acionistas. No entanto, uma revisão estratégica completa mostra que manter eBay e PayPal em conjunto para além de 2015 torna-se claramente menos vantajoso para cada negócio de forma estratégica e competitiva", declarou o presidente e CEO do eBay, John Donahoe, acrescentando que colocando ambos as empresas em caminhos independentes será melhor para cada negócio e criará valor adicional para os acionistas da companhia.
Donahoe, juntamente com o diretor financeiro (CFO) do eBay, Bob Swan, supervisionarão a separação do negócio, podendo juntar-se aos Conselhos de Administração de ambas as empresas. No entanto, nenhum dos dois terá função executiva em qualquer uma das companhias.
Devin Wenig, presidente do eBay Marketplaces, será o CEO do novo eBay, enquanto Dan Schulman, executivo da American Express, vai liderar o PayPal.
O anúncio chega após a Apple lançar um serviço de pagamento focado em dispositivos móveis, o Apple Pay, que analistas consideraram como uma ameaça ao PayPal. A cisão também representa uma vitória ao megainvestidor Carl Icahn, havia pressionado incessantemente pelo spin-off do PayPal.