Dois bilhões de pessoas e 200 milhões de empresas em economias emergentes não têm acesso à poupança e ao crédito — e, mesmo aqueles com acesso, podem pagar caro por uma gama limitada de produtos. Este cenário, segundo novo estudo da consultoria McKinsey, pode ser revertido frente ao crescimento das tecnologias digitais voltadas aos serviços financeiros, que provocariam maior inclusão financeira, diminuição do custo das operações e consequente ganho de produtividade em toda economia.
A McKinsey estima que a digitalização dos serviços financeiros poderia aumentar em US$ 2,1 trilhões o volume de empréstimos concedidos a empresas e pessoas físicas nos países emergentes (Brasil, China, Etiópia, India, México, Nigéria e Paquistão) em 2025. As instituições financeiras, por sua vez, também seriam beneficiadas com uma economia de US$ 400 bilhões por ano em custos diretos.
No caso do Brasil, especificamente, a McKinsey calcula um ganho de US$ 152 bilhões (aproximadamente R$ 495 bilhões) na economia do país com as transações digitais no setor financeiro em 2025. Este montante estaria dividido em ganhos de produtividade, aumento em investimentos e em postos de trabalho. Somando os 7 países em desenvolvimento analisados pela McKinsey, o potencial de incremento na economia seria de US$ 3,7 trilhões.
A origem das estimativas de ganhos projetadas pela McKinsey para os países emergentes contemplam, além das aplicações digitais de serviços financeiros por parte dos bancos e das corretoras, os novos negócios resultantes de empresas baseadas no universo virtual: as fintechs.