Em sua quinta edição, o Ranking de Competitividade Digital, realizado pelo International Institute for Management Development (IMD) em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), manteve o Brasil na 51a colocação. O estudo compara 64 nações em fatores associados às condições que um país cria para adotar e promover tecnologias digitais nos setores público e privado.
O relatório tem como base três fatores: Conhecimento, que abrange subfatores vinculados a infraestrutura intangível necessária para a aprendizagem e descoberta de novas tecnologias; Tecnologia, que aborda o panorama nacional para o desenvolvimento de tecnologias digitais; e Prontidão Futura, que explora o nível de preparo de uma economia para incorporação das novas tecnologias.
O Brasil acabou repetindo seu resultado de 2020, mesmo melhorando em alguns pontos. O destaque foram os ganhos no "Investimento em telecomunicações em proporção ao Produto Interno Bruto" (0,5%, 21º). Nesta categoria, o País conquistou 17 posições. Também houve melhora na "Percepção de que o treinamento dos funcionários é uma das prioridades das empresas", passando de 59º para 43º.
Perda não permitiram subida no ranking
As principais perdas se concentraram na quantidade de assinantes de banda larga, de 89,2% da população para 75,7%; da 23ª para a 30ª posição. De acordo com a pesquisa, outros países aumentaram o número de usuários de banda larga por 1 mil habitantes, o que derrubou o Brasil neste quesito.
Além disso, o anuário não apresentou tantas mudanças em relação a alguns dos pontos em que o país se sobressai, tais como a proporção de pesquisadores do sexo feminino, com 49%, equivalente à 8ª posição, e a produtividade de P&D medido pelo volume de publicações em proporção ao PIB, com 51.371, também na 8ª colocação, que se mantiveram relativamente estáveis.
Resultado global
Os Estados Unidos permanecem no topo do ranking, com bons resultados principalmente em Prontidão Futura (1º) e Conhecimento (3º). Hong Kong assume a segunda colocação, subindo três posições em relação ao último ano, após melhoras em todos os subfatores de Tecnologia. Suécia e Dinamarca completam os quatro primeiros lugares, nessa ordem.
Já Singapura, que nas edições anteriores se encontrava em segundo, assume a quinta posição neste ano após queda nos fatores Conhecimento e Tecnologia, principalmente no subfator de treinamento e educação, que obteve um declínio de seis colocações. O destaque positivo foi conferido à Luxemburgo, avançando seis posições, enquanto a Polônia a maior queda, com perda de nove.
No ranking geral na América Latina, o Brasil aparece na segunda colocação, atrás apenas do Chile (39º). Em relação aos BRICS, grupo constituído por grandes economias, a China lidera ocupando o 15º lugar do ranking, seguida pela Rússia (42º), Índia (46º), Brasil (51º) e África do Sul (60º).