Consumo de dados móveis deve dobrar para 13 GB/mês por usuário na AL e no Caribe

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O uso de serviços e aplicativos de Internet e dados em dispositivos móveis continuará crescendo nos próximos anos, aumentando a pressão sobre as redes das operadoras de celulares, segundo um infográfico recente da 5G Americas, elaborado com dados da empresa de inteligência de mercado GlobalData.

As previsões indicam que o consumo mensal por usuário na América Latina e no Caribe passará de 6,2 gigabytes (GB) em 2023 para pouco mais do dobro, 13 GB, até 2028. Com isso, o tráfego total nas infraestruturas dos operadores saltará de 57,8 milhões de terabytes (TB) em 2023 para 139,7 TB nas redes móveis até 2028.

As assinaturas móveis também continuarão a crescer nos próximos quatro anos. A GlobalData projeta que a América Latina e o Caribe terão 951,5 milhões de assinantes móveis até 2028, alcançando uma penetração móvel de 137% sobre o total da população da região. Esse número inclui dispositivos conectados e também linhas de comunicação máquina a máquina (M2M) e/ou Internet das Coisas (IoT). Em 2023, o total de assinaturas móveis era de 832,6 milhões, com uma penetração de 125% da população.

O aumento no tráfego e nas conexões segue vinculado à evolução tecnológica das redes das operadoras móveis na região. Prevê-se que a tecnologia 4G comece a perder participação gradualmente a partir de 2025, passando de 78% das conexões no final de 2024 para 76%.

Ao mesmo tempo, com o crescimento da 5G, o declínio da 4G começará, embora esta tecnologia deva continuar como dominante por algum tempo. Entre 2024 e 2025, a 4G passará de 78% para 76% de participação, cedendo três pontos percentuais nos dois anos seguintes. Ainda assim, em 2028, será a principal tecnologia de acesso, com 66% das conexões, seguida pela 5G, com 27%.

A 3G também continuará diminuindo, passando de 11% em 2024 para 5% do mercado em 2028. A 2G seguirá um caminho semelhante, com sua presença diminuindo de 4% em 2024 para 2% em 2028.

"Os diversos prognósticos e análises sobre as tecnologias móveis ao redor do mundo chegam a conclusões muito semelhantes: o consumo de dados por meio das redes móveis, seja medido por usuário, dispositivo ou assinatura, terá altas taxas de crescimento nos próximos anos, impulsionado pela disponibilidade de novas tecnologias com melhores capacidades. Essa realidade colocará pressão em todo o ecossistema da indústria de telecomunicações, que precisará buscar exaustivamente eficiências para atender à demanda de tráfego. Sinergias e estratégias de compartilhamento de infraestrutura serão fundamentais. Além disso, governos, reguladores, agências estatais e o terceiro setor deverão monitorar e considerar esses novos desafios para desenvolver estratégias de conectividade e evitar o surgimento de novas lacunas digitais", afirmou José Otero, vice-presidente da 5G Americas para América Latina e o Caribe.

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