O Brasil poderá obter de R$ 22 bilhões a R$ 39,5 bilhões com o leilão do espectro remanescente de WiMAX de 2002 e da nova faixa de 3,5 GHz, de acordo com estudo encomendado à Guerreiro Consult pela Intel.
Na expectativa de que a licitação ocorra estão operadoras como a Embratel, Brasil Telecom, Telefônica e Oi, que pretendem utilizar a tecnologia para aumentar a penetração de seus serviços de banda larga. Além disso, ela cairia como uma luva para fabricantes de equipamentos que usam a tecnologia como Motorola e, principalmente, Alcatel-Lucent, que sem ter conquistado nenhum contrato de 3G no país, poderia apostar na tecnologia para gerar receitas.
A licitação poderá contribuir também para aumentar a banda larga no país, já que segundo o IDC, até 2010 o Brasil trá 15 milhões de assinantes do serviço, ante os aproximadamente 8 milhões de usuários atuais. Outra pesquisa, conduzida pela Informa Telecoms & Media, aponta que 66 milhões de pessoas utilizarão WiMAX ao redor do mundo em 2012.
"O governo pode obter entre R$ 2,85 bilhões e R$ 3,4 bilhões com a venda do espectro remanescente. Os serviços de banda larga sem fio, fixa ou móvel estão causando um impacto substancial na economia mundial, resultando em enormes benefícios sociais. Não importa se a tecnologia é WiMAX, 3G ou 4G, as operadoras estão criando modelos de negócio competitivos, lucrativos e de baixo custo para serviços de banda larga", analisou o consultor em telecomunicações e ex-presidente da Anatel, Renato Guerreiro.
- Licitação emperrada